Esse dia dedicamos todo à área porto velho de Montreal. Fomos a pé, pra variar, e começamos a visita pela prefeitura. Dá gosto de ver um prédio daqueles, hein? E é permitido aos turistas entrar, mas a visita fica restrita ao salão principal e "espichadas de cabeça" em algumas salas. Ainda assim, pela beleza do lugar, vale uma visita, mesmo que rápida.
Com uma prefeitura dessas, dá até gosto de ser cidadão! |
Recepcionista da prefeitura |
Foto do tipo "espichando a cabeça pra dentro da sala" |
E você aí, achando que pode chamar de vaso aquela jarrinha em cima da estante |
Quando saímos da prefeitura, notamos um mundaréu de gente na rua. Não demorou muito, notamos também que um alarme (provavelmente de incêndio) estava soando em algum dos prédios próximos. Há varios edifícios do governo, e o mundaréu de gente parece ter saído de dois deles, que aparentemente eram relacionados à justiça, pois o que teve de neguinho com roupa de juiz andando pela calçada... Enfim, a gente até ficou curioso pra saber se era só um exercício de incêndio ou algo pra valer (escutamos algumas pessoas perguntando "qu'est-ce qui se passe?" umas às outras), mas tínhamos mais o que fazer, né?
Fomos então para a igreja de Notre-Dame de Montréal. Ali eu me senti turista pela primeira vez na cidade: fila pra entrar, ômibus de excursão chegando e saindo, um monte de gente com máquina fotográfica e por aí vai. A igreja é bem escura no interior, tem aquele ar um tanto opressor comum a grandes catedrais cristãs, mas vale muito a visita.
Ei-la! |
Olha essa iluminação! |
A próxima parada foi o Centre d'Histoire de Montréal. Ele funciona em um prédio que abrigava o corpo de bombeiros da cidade há trocentos anos. Uma coisa que notamos aqui (e depois em outros prédios da cidade) é que vários edifícios históricos mantém a fachada original, inclusive com quaisquer inscrições da época. Assim, por trás das letras dos dizeres Centre d'Histoire de Montréal, você consegue ver o letreiro original de quando o lugar era dos bombeiros.
Tá vendo ali, ó? Caserne Centrale de Pompiers... |
O centro é muito, muito, muito interessante (se você gostar de história, claro). A área dele não é muito grande, mas ele abriga muita informação desde a fundação da cidade em 1642 até os anos 2000. É bem legal ver como a cidade se expandiu e mudou, incluindo as influências que a tornaram o caldeirão multicultural que ela é hoje. O único "porém" aqui é que a disposição das informações é um tanto estranha, e você pode se perder um pouco em meio a tanta coisa. Ah, a quantidade de coisas também acaba fazendo você gastar um bom tempo, então, se você se interessa por história, pode reservar meio dia fácil pra ficar aqui dentro.
Depois de visitar o centro, fomos nos perder um pouco pelas ruas da região, o que nos rendeu esbarrar com lugares com esse aí:
Fomos ao destino seguinte que era o Pointe à Callière, um museu/escavação arqueológica que está localizado no ponto exato onde a cidade de Montréal começou. Começamos o passeio por uma exposição que estava rolando sobre o chá (eu sei, nada a ver com o início de Montréal, mas o museu não é só da cidade). Foi bem interessante, mais do que eu esperava que fosse. Mas o grande atrativo do Pointe à Callière é a possibilidade de explorar as ruínas das primeiras construções da cidade, que datam do século XVII e ficam no subsolo da cidade moderna. Eu senti falta de ter mais informação sobre cada um dos lugares que são descritos ali, mas a sensação de estar vendo algo que foi construído e está enterrado ali há 400 anos é muito legal.
De lá, fomos dar uma volta pelo porto em si, que não é propriamente bonito, mas é muito bem cuidado. Há sempre pessoas andando de patins, bicicleta, correndo ou dando uma voltinha a pé mesmo. Aquele lugar parece te tirar um pouco da cidade propriamente dita, pois a agitação fica realmente pra trás e você tem a sensação de estar numa área bem mais isolada da cidade. Fomos seguindo o rio São Lourenço e passamos por uma "prainha" (na verdade, uma área cercada onde há areia, alguns guarda-sóis e espreguiçadeiras na beira do rio, mas que estava fechada com uma placa que dizia "o verão terminou! Até o ano que vem!") e pela torre do relógio. Essa área toda estava praticamente deserta. Na volta, passamos em frente ao Marché Bonsecours, mas não entramos porque já estava fechado.
A noite já estava se instalando quando nos demos conta que estávamos bem pertinho do centro velho que abriga ruelas cheias de lojinhas para turistas. Fomos dar uma volta lá e acabamos tendo nossa segunda experiência "poutinística". Comemos no Poutine Montréal, que deu de 10 a 0 no Frite Alors. Realmente muito bom, pudemos curtir um jogo de hóquei sobre o gelo pela TV e ainda tivemos um garçom super simpático, que nos tratou muito bem, quis saber se a gente entendia tudo que ele falava em francês e nos deu várias dicas. Foi pra ele, inclusive, que eu perguntei se não falavam addition no Québec (e, como já contei antes, ele disse que falam, sim, mas é mais comum dizerem facture ou note).
De lá, voltamos andando. E o que é melhor: sem medo algum.
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