sexta-feira, 17 de julho de 2015

Entrei na Universidade de Montreal :)

Pois é, gostei tanto dessa história de voltar a estudar, fazer pesquisas e trabalhos, ler e escrever, fazer bagunça cozamigo que lá vou eu de novo, dessa vez na Universidade de Montreal! E, mais uma vez, já esclareço que não vou fazer nenhum bacharelado, mestrado ou doutorado—pelo menos por enquanto. Ainda assim, é algo um tantinho mais sério (pelo menos em termos de comprometimento) do que o curso de inglês da McGill. Trata-se de um Certificado de Francês como Segundo Idioma.


Um certificado, aqui, é um curso de 30 créditos universitários. Você tem que cumprir matérias da faculdade dentro de um programa que possui disciplinas obrigatórias e facultativas. Pra todos os efeitos, é considerado como sendo um curso superior. Claro que a maior ou menor importância e impacto do curso vai depender da área, da instituição e das notas do aluno, mas é um documento oficialmente reconhecido por aqui. Até cadastro junto ao Ministério da Educação aqui eu vou ter, olha que chique!



O processo pra entrar foi semelhante ao da McGill, só que um pouco menos transparente. Fiz a inscrição pelo site da Universidade de Montreal, paguei a taxa e esperei. Depois de um tempo, mandaram a lista dos documentos necessários por e-mail. Tive que apresentar meu histórico do segundo grau ensino médio e da faculdade, além do CSQ para poder usufruir os benefícios de residente do Québec. Teoricamente, você acompanha o andamento do pedido online, mas sabe o BIQ? Aquele lugar pra onde você manda a papelada e não sabe nem se os documentos chegaram nem o que estão fazendo com eles e tal? Pois é, foi mais ou menos assim. Mandei, esperei, esperei, esperei, e o sistema continuava mostrando que eu estava devendo. A situação só mudou bem depois.

Nesse meio tempo, fui convocado para uma palestra de informação lá na universidade. Durou por volta de duas horas, mas explicaram de tudo, desde os requisitos para se formar (é, tem até formatura!) até como se inscrever para os cursos usando a Internet. Muita coisa eu já sabia porque se tem alguém que revira sites quando está querendo ficar por dentro de alguma coisa sou eu. Ainda assim, foi útil para confirmar algumas informações, e tem sempre alguma coisa que a gente não sabe, néam?

Ao final da palestra, todo mundo recebeu um rendez-vous com uma conselheira de estudos. Basicamente, é uma pessoa que faz uma pré-avaliação do seu  nível de francês e te aconselha quais matérias pegar. Achei bem legal eles oferecem esse tipo de serviço. Mas achei uó darem um dia e horário pra gente que eles escolhem. Sério, boa parte das aulas é à noite e muita gente opta por fazer o certificado porque trabalha durante o dia. Então, se já seria meio complicado fazer as pessoas matarem o trampo para ir ao rendez-vous, imagina como é se eles simplesmente impõem o dia e a hora em que você tem que aparecer. Segundo a palestrante, não tem choro nem vela: ou vai ver a conselheira no dia e hora marcados ou se vira nos 30. Marcaram o meu encontro para uma terça de manhã, e lá eu perdi uma aula na McGill.

No dia e hora marcado, lá estava eu no endereço indicado, balbuciando em francês. A conselheira me recebeu no horário marcado. Simpática, mas mantendo distância profissionalmente, me perguntou a razão de ter vindo para Montreal, se eu era residente permanente ou estudante independente, quais os meus planos para o futuro, o que eu estava fazendo no momento (estudando, trabalhando, coçando...), e terminou perguntando porque eu queria fazer curso de francês se eu já falava francês (!).




Agradeci cordialmente, mas expliquei que não só me falta muito vocabulário como também preciso treinar bastante o ouvido e melhorar a escrita. Ela então sugeriu que eu faça uma matéria de francês oral e outra de francês escrito. Falou também que, a julgar pelo meu nível, acha que eu devo terminar os requisitos mínimos do curso já na primeira ou segunda sessão (!!), e aí sugeriu que eu faça uma matéria de fonética. Essa sugestão eu entendi como "Joel Santana, seu sotacão brazuca entrou em campo!˜, mas tudo bem. Segundo a conselheira, se eu seguir essas orientações, logo vou estar com a grade desimpedida, terei terminado o curso de francês puro e estarei livre para pegar matérias de alguns departamentos da Universidade de Montreal, como Antropologia, História...

Oi??

Pois é. Pra obter o certificado, tenho que cursar pelo menos duas matérias de gente grande! São disciplinas de cursos "de verdade", com alunos de bacharelado e professores que não são professores de idiomas. Tipo, é a hora da verdade pra você saber se consegue falar e entender tudo em francês ou não. Só a Regina Duarte sabe como me senti.




O encontro com a conselheira terminou com este que vos escreve indo fazer a matrícula para a sessão de outono, que vai de setembro a dezembro. Meu nível vai ser determinado só em agosto, quando eu passar por um teste oficial de nivelamento. Até lá, vou tentando estudar o que dá, embora o curso da McGill ainda esteja rolando e não me deixe muito tempo para ver a vida en rose.

Enfim, vamos torcer para que o curso seja bom, que eu me divirta tanto ou mais do que me divirto no curso da McGill, e que eu destrave e aprenda francês pra valer!! Se eu e o meu amigo quebeco mantivermos contato, quero poder ir à Comic Con daqui ano que vem com ele falando em francês!

À bientôt!

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Fotos do apê

Passando rapidinho só pra: (1) falar que tô vivo (obrigado a todos que expressaram preocupação nos comentários ou por e-mail); e (2) cumprir a promessa de postar algumas fotos da quitinete que aluguei para matar a curiosidade de quem fica imaginando como são as coisas por aqui!







Agora vou voltar pra realidade: tenho três leituras pra fazer para as aulas de amanhã!

À bientôt!