segunda-feira, 30 de maio de 2011

Que rumo seguir?

Eu acho que a fase das pesquisas nunca vai acabar. Aliás, acho não, tenho certeza. Se bobear, neguinho pode ficar a vida inteira pesquisando sobre o Canadá e nunca imigrar, de tanta informação que existe e que sempre levanta novas dúvidas.

Esse prelúdio de post é pra dizer basicamente o seguinte: tô num mato sem cachorro.


Todo mundo que se aventura a imigrar para Québec sabe que é preciso um projeto de imigração. Aliás, ainda que isso não contasse pontos na hora da entrevista, pelamordedeus, né... só sendo muito sem noção pra achar que imigrar é igual acampar de férias com os amigos. Enfim, o problema do meu projeto é que.. eu não tenho um projeto! Pelo menos não ainda! Eu sou formado em Tradução (Português-Inglês-Português), mas exerci a profissão durante pouco tempo e de maneira informal. Ou seja, praticamente zero registro de ter atuado como tradutor na vida. Daí, em 2005, passei em concurso público e tô na área de Recursos Humanos, embora não tenha especialização ou mesmo curso algum nessa hora. Simplesmente olharam pra minha cara e provavelmente pensaram: "é, não faço ideia do que fazer contigo, então tu vai pros Recursos Humanos". E cá estou eu.

E aí é que tá a coisa.. tudo bem, eu posso até dizer que pretendo ser tradutor no Québec, mas, pra isso, é óbvio que terei que esperar um bom tempo, já que ainda não tenho domínio da língua e provavelmente só terei depois de um bom tempo lá. Ou seja, atuar como tradutor pode ser, no máximo, meu plano B. E o plano A? Será que essa minha experiência em RH em órgão público serve pra alguma coisa? O que eu digo? Que vou trabalhar com isso lá? Checando em sites de emprego do Québec, em geral é pedido algum tipo de formação na área, coisa que não tenho. Se eu for me meter a besta e tentar alguma coisa de tecnólogo antes de imigrar, são pelo menos dois anos e meio até eu ter um diploma, o que já me deixa perigosamente próximo dos 35-anos-decepadores-de-cabeças.

Seria bom ler, ouvir ou psicografar a experiência de alguém que tenha passado por algo parecido, mas até agora não consegui nada. Se alguém por acaso passar por aqui, ler estas linhas e puder me ajudar, ficarei imensamente grato. Mando até cartão virtual de agradecimento.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Aula de francês

Estive fora por pouco mais de uma semana, mas há duas tive a primeira aula particular de francês. Ainda é MUITO cedo pra afirmar qualquer coisa, mas a impressão inicial foi boa. A professora é bastante simpática e atenciosa. Fez um apanhado geral do que eu já havia estudado na outra escola, perguntou quando eu estava planejando ir para o Canadá e fez várias anotações para corrigir o que eu falo errado e reforçar pontos que ela acha que ainda não estão bem fixados na minha cabeça. Ela disse que eu falo bem francês (\o/), mas não teve aquele monte de elogios que eu ouvi dos outros dois professores que encontrei - o que, diga-se de passagem, é bom, porque senão eu começo a ficar autoconfiante demais e acabo caindo do cavalo e atropelado pela carroça mais tarde.

Outra coisa boa é que ela entende do processo de imigração e se mostrou disposta a me ajudar com minhas dúvidas em relação a isso (que são muitas!).

Só que uma aula por semana de apenas três horas é muito pouco, na minha opinião. Tô pensando sinceramente em me matricular numa escola enquanto tenho aulas particulares. Mas vamos ver, primeiro, se começo a render nas aulas particulares. Como este semestre já acaba daqui a pouco, tenho um tempinho pra analisar meu progresso nas aulas particulares. De qualquer forma, continuo estudando em casa um pouco todos os dias e ouvindo rádio pra treinar o ouvido (embora hoje meu ouvido só consiga pegar uma ou outra coisa. É mais ou menos assim: "...1aoidjraoierjaosasdioapoiaf maison qioieruqoeiruqweqoiereiu de quelq'un que qoieuqrpoiuweprqoieruqqrpoqerquer aujourd'hui qieuriqeureru...").

Aliás, seguem algumas dicas de material de estudo, com base nos meus próprios estudos:

Dicionários:
         Larousse 2011 (versão de bolso) francês-francês;
      Word Reference: Tem francês-inglês, francês-espanhol, francês-alemão... mas não francês-português. Fazendo uma gambiarra, caso você não domine nenhum dos outros idiomas que o site oferece, você pode consultar, por exemplo, francês-espanhol e depois jogar a palavra em espanhol na área-espanhol português.

Rádios:
      Radio Canadá: com francês do Québec, que, eu tenho de admitir, realmente parece caipira. :P
      Radio France International: francês da França.

Jornal:
     Le Monde: leio pelo menos um parágrafo todo dia, procuro as palavras que não conheço, releio tudo mais umas três ou quatro vezes ao longo do dia, e copio algum outro parágrafo, por escrito em um caderno pra treinar a ortografia.

Vocabulário:
     Bilingual Visual Dictionary - DK Publishing: claro que não é completo, claro que há coisas lá que eu provavelmente nunca vou precisar na vida, mas, pra mim, que aprendo melhor de forma visual, é uma beleza!
       Busuu: site para "aprender" idiomas, mas que, obviamente, não vai dar fazer ninguém se tornar fluente ou mesmo chegar ao nível intermediário.Serve mais como fonte de vocabulário e material de apoio.
      Live Mocha: idem anterior, com a vantagem de que aqui você pode treinar a fala lendo frases, gravar e, se der sorte, receber comentários úteis de nativos em relação à pronúncia. É lindo receber um elogio por ter falado perfeitamente num dia e ser esculachado por não ter sido capaz de fazer um determinado som no outro :-).

terça-feira, 10 de maio de 2011

Trouxa

Pois é... mencionei brevemente em outro post que passei um tempo bastante ocupado porque estava fazendo um curso do trabalho, que tinha prazo para entregar os exercícios e textos pedidos e blablabla. Apenas eu e outra colega, dentre as pessoas que conhecemos, entregamos dentro do prazo (que foi até a metade de abril). Foram-se embora fins de semana, noites de cinema e horas de pesquisa sobre o Canadá, tudo para fazer conforme as regras e entregar tudo com alguma qualidade (leia-se "sem usar CTRL C e CTRL V da Wikipédia direto pro documento do Word"). Recebi uma boa nota, o que me deixou feliz por saber que meu esforço foi recompensado.

E agora?


 
Agora, a instituição organizadora do curso resolveu estender o prazo de entrega até o final do mês, para que todos os outros que não entregaram os trabalhos entreguem. Ou seja, trouxa de quem se esforçou pra entregar tudo na data. Tive que ver todos que não entregaram dando risada e pagando de gostosos no trabalho por serem "espertos", por terem sabido "jogar" e "desenvolver estratégia". Ê, país do futuro...

No fim das contas, só me resta continuar feliz por ter feito tudo do jeito que devia ser feito e não estar sambando junto com os outros malandros que estão felizes por não terem de cumprir regra alguma, além de torcer pra que algum dia eu possa estar com pessoas que realmente se esforçam para fazer as coisas certas.

Enquanto isso... vai uma pizza aê?

sábado, 7 de maio de 2011

Feira de estudos

No último fim de semana, aconteceu aqui em São Paulo o evento Estude nas Universidades do Quebec. Trata-se de uma feira da qual participam representantes de algumas universidades quebequenses e na qual é possível obter informações sobre cursos de graduação e pós-graduação, além de preços e outras informações do tipo.




Dei uma olhada e falei com alguns representantes só para ter uma ideia geral dos cursos oferecidos, já que uma das coisas que eu quero fazer quando estiver no Canadá (depois de um tempinho, claro) é fazer uma segunda graduação e/ou uma pós. [modo CDF delirante ativado] Na verdade, passaria a vida fazendo cursos e aprendendo línguas, se alguém depositasse uma quantia módica na minha conta todo mês [/modo CDF delirante desativado]. O escritório de imigração também estava lá, representado pelo Gilles, e eu aproveitei pra perguntar se, caso eu resolvesse fazer uma pós lá em Québec, o processo de imigração também poderia ser feito por lá, e ele disse que sim, desde que eu não receba uma bolsa brasileira. Ia aproveitar e começar a vampirizar o sujeito e sugar tudo dele a respeito do meu planejamento atual e sobre as notícias de mudanças no processo, mas não deu tempo porque ele tinha de participar de uma das palestras.


Fora isso, a semana foi meio corrida, mas resolvi (acho) uma coisa importante: depois que infelizmente as coisas não deram certo na escola onde eu estudaria francês, resolvi partir para aulas particulares - até porque agora, no meio do semestre, ou era isso ou era continuar estudando sozinho em casa, coisa que eu adoro fazer, mas que não vai servir pras horas exigidas pelo processo. Imagina eu chegando na entrevista e apresentando um papel A4 assinado por mim mesmo, dizendo que estudei 300 horas de francês sozinho em casa e que eu agarantchu tudo...  Enfim, consegui a indicação de uma professora e acertamos a primeira aula para a próxima quarta. Ouvi dizer que ela entende bem do processo de imigração, então espero, além das aulas, conseguir umas boas dicas.