quinta-feira, 21 de março de 2013

Etapa Federal: Primeiro Passo

Para que eu não me perca, e também para, quem sabe, ajudar outros que estão ou logo estarão na etapa federal, vou colocar, neste e nos próximos posts, os passos a serem seguidos para enviar a documentação necessária. Mas, por favor, lembrem-se de que as regras mudam! No momento em que você estiver lendo isso, as informações abaixo podem já estar desatualizadas; por isso, é sempre bom checar no site do Ministério Canadense de Cidadania e Imigração.

Esses passos deverão ser seguidos apenas por aqueles que já possuem um Certificat de Sélection du Québec, o famoso CSQ. O guia da etapa federal já avisa isso logo de cara pra você não perder tempo. Ele também lembra a necessidade de ter grana pra se manter e que o governo não banca ninguém. Além disso, ele reforça a necessidade de planejamento, já que arrumar emprego é por conta do imigrante.

Primeira passo: reunir a documentação



Há uma lista de controle de documentos que é bastante útil na hora de reunir e conferir a documentação. Além disso, a lista deve obrigatoriamente ser enviada junto com toda a papelada. Uma boa dica é ter uma lista para rabiscar e anotar informações, endereços e telefones para conseguir cada documento, e outra para  envio com a documentação, limpinha e bonitinha. Essa lista também é conhecida por IMM5690 (os formulários oficiais têm sempre uma nomenclatura similar).

Um documento que é pedido a todos é a certidão de antecedentes criminais e de justiça. Todos devem apresentar essas certidões dos países e/ou regiões em que viveram por pelo menos seis meses consecutivos desde que completaram 18 anos. Ou seja, se você morou em estados brasileiros diferentes por mais de 6 meses desde que fez 18 anos, terá de apresentar certidões de todos esses estados. Se morou em outros países, também por mais de 6 meses, precisará de certidões desses países.

Este site do Ministério da Cidadania e Imigração possui as certidões exigidas para brasileiros. Basicamente, são as certidões de antecedentes criminais da Polícia Federal, da Policia Civil do(s) respectivo(s) estados em que você morou, e a certidão de distribuição cíveis e criminais, também do(s) estado(s) em que você morou. A primeira e a última podem ser obtidas pela Internet. A da Polícia Civil varia de estado para estado: em alguns você consegue pela Internet; em outros, precisa ir pessoalmente ou fazer procuração para alguém tirar por você. Eu morei em Brasília e em São Paulo, então preciso das certidões de antecedentes desses dois lugares, além das certidões de distribuições cíveis e criminais também de ambos.

Outra exigência é que toda a documentação que não estiver em inglês ou francês deve ser traduzida por tradutor juramentado. Assim, as certidões da polícia devem estar traduzidas. Além disso, todos os documentos em línguas que não sejam o inglês e o francês devem possuir uma cópia autenticada em cartório. Lembre-se de que nem as traduções, nem as cópias autenticadas podem ser feitas por membros da sua família, mesmo que eles estejam autorizados a fazê-lo no Brasil.

Depois volto para a próxima etapa, que é preencher a papelada.

terça-feira, 19 de março de 2013

Depois do CSQ

Passada a euforia e o "não-acredito-eu-finalmente-consegui-o-CSQ", é hora de começar a se organizar para a etapa federal. Na verdade, eu ainda estou um tanto dividido porque, quando voltei do Rio, meus pais estavam no aeroporto me esperando pra fazer uma surpresa! Eles pensaram meio assim: se ele for aprovado, a gente comemora junto; se não for aprovado, a gente tá lá pra dar uma força. Entendem por que eu digo que sou muito sortudo de ter pais assim?

Enfim, eu tenho de dar partida no processo federal, mas, ao mesmo tempo, quero aproveitar meus pais aqui, já que eles ficam só duas semanas - e uma já foi! Então, estou aproveitando para ler com calma os guias oficiais da parte federal, as experiências de amigos que já passaram por essa etapa e, também, começar a juntar a documentação. Amanhã mesmo, estou indo solicitar os antecedentes criminais aqui de SP. Acho que a certidão do DF vai demorar um pouco mais, pois ou eu vou lá, ou faço por procuração, o que significa que, de qualquer forma, deve levar alguns dias. Daí tenho de fazer cópias autenticadas, traduzir tudo com tradutor juramentado e preencher os N formulários do processo.

Mas estou fazendo isso tudo numa boa. Sabe aquela sensação de que a coisa está indo? Pois é, é assim que eu estou me sentindo. E é muito bom pensar que a parte mais difícil - passar pela entrevista e correr o risco de perder pontos, descobrir na base da pancada que o seu francês não está tão bom, e mesmo ser reprovado - já passou. Agora, é correr pra fazer a minha parte e, depois, abraçar a boa e velha paciência para os longos meses que virão.

Ainda assim, já há um que de realidade. Agora não é mais uma tentativa de imigrar. O Québec já me aceitou \o/

Bonne chance à tous!

quinta-feira, 14 de março de 2013

CSQ recebido! Relato da entrevista

Gente, é com grande alívio que venho aqui dizer que fui aprovado na entrevista de seleção hoje e já estou com o meu CSQ!

A entrevista estava marcada para às 13h30. Acordei 76 vezes durante a noite, e em cada uma era assombrado por uma pergunta diferente que podiam me fazer. Apesar disso, descansei até razoavelmente bem. Passei a manhã ouvindo TV5 e relendo alguns pontos que eu considerava mais críticos das pesquisas que fiz e da minha situação.


Cheguei no local da entrevista pouco antes do meio-dia. Não tinha muita esperança de ser chamado antes das 13h30, até porque imagino que a entrevistadora precise comer em algum momento, né? Então fiquei lá na salinha indicada pelo pessoal da recepção do hotel. Lá haviam dois homens de mais idade, que imaginei estarem esperando alguém para ir embora (e não deu outra: uns 20 minutos depois, chegou um terceiro, e os três foram embora); e um casal, que adivinhei ser de candidatos à imigração. A gente se reconhece fácil, né? Cara de angústia, pastas gigantescas com marcadores coloridos para facilitar o manuseio dos documentos, celular como companheiro fiel, fazendo buscas em dicionários de francês e em sites que ensinam a pronúncia e por aí vai. Fiquei com vontade de puxar papo, mas eles estavam compenetrados e eu achei por bem ficar lendo minhas coisas.


Dali a pouco (ou seja, um pouco depois do meio-dia), chegou um casal que tinha acabado de passar pela entrevista. Obviamente, os dois casais já haviam se falado antes, pois a mulher do casal que tinha feito a entrevista já chegou dizendo: "olha, deu tudo certo, ela é tranquila" e por aí vai. Fiquei prestando atenção na conversa, até que não me aguentei, pulei da cadeira e falei "desculpa, mas vocês têm profissão prioritária?". Eles falaram que não, e continuaram falando que era pra ir tranquilo porque a entrevistadora era ótima, e que a maior parte da entrevista tinha sido análise dos documentos originais, mas que as perguntas nem haviam sido muitas.


Enfim, eles foram embora e aí eu comecei a conversar com o casal que estava lá. Trocamos algumas figurinhas (aliás, espero que eles tenham conseguido o CSQ. Estavam tão nervosos, e viajaram hoje tão cedo para chegar lá, espero realmente que tenham conseguido), eles saíram para almoçar, eu parei de ler e fiquei só vendo o tempo passar. Por volta de 13h15, a entrevistadora, Daniela, chegou na salinha, me chamou e fomos para o elevador. Lá mesmo ela já foi perguntando se eu falava francês e onde tinha aprendido. Perguntou se eu tinha estudado na Aliança Francesa e eu falei que foi um dos lugares em que estudei. Aí ela perguntou com qual nível eu tinha sido classificado e eu respondi que tinha sido básico-intermediário no último semestre em que estudei lá. Ela fez uma cara de "o quê?" e disse que, pelo jeito, eu tinha pelo menos um B2. Já fiquei feliz dali.


Chegamos até o andar onde instalaram a salinha de entrevista. Do elevador, passamos por uma varanda, fazia um calor de fritar ovo no asfalto e eu de repente achei que a entrevista seria ali na varanda mesmo. Mas, graças ao bom Deus, ela passou direto pela varanda e foi para dentro de uma sala pequena, com uma mesa redonda, sobre a qual haviam um laptop e uma impressora pequena. E o mais importante: ar-condicionado! No caminho até lá, ela perguntou se eu tinha ido ao escritório de imigração quando ele ainda era no Brasil, já que moro em São Paulo, mas eu disse que não.


Já dentro da salinha, ela indicou o lugar para eu sentar e colocou-se na cadeira atrás do laptop. Em rápidas palavras, falou que o que viria a seguir era o seguinte: ela verificaria meus documentos, verificaria o que eu sabia sobre o Québec e as minhas intenções para morar lá, se eu tinha uma visão realista da imigração e, no final, se eu obtivesse os pontos necessários, eu receberia o CSQ. Do contrário, eu receberia um outro documento cujo nome agora esqueci, com a pontuação detalhada. Em seguida, falou para eu deixar a pasta com os documentos em cima da mesa e que ela iria pedindo conforme a entrevista andava. Eu levei duas pastas: uma com os documentos e outra com as pesquisas. Deixei as duas em cima da mesa como ela falou, e fiquei meio travado estilo "cachorro de padaria", sentado, sem me mover, e olhando fixamente para a frente. Tava num nível de tensão extrema, mas lembrei de respirar e a coisa ficou um pouco mais fácil.


Eu acho que não vou conseguir lembrar na ordem o que ela me perguntou, até porque a entrevista flui e toma rumos de acordo com o que você fala ou mostra. O que eu posso dizer com certeza é que ela pediu meu passaporte, minha certidão de nascimento, os diplomas e históricos de notas do segundo grau e da faculdade, a declaração mais recente do meu trabalho e também do meu emprego anterior e meus contracheques. Estavam comigo, mas não foram pedidos, os comprovantes de declaração de imposto de renda, as declarações dos cursos de inglês e francês e meu currículo. Ela fazia uma conferência relativamente rápida de cada documento, aparentemente vendo se as datas e informações batiam com o que ela estava vendo na tela do laptop. Ela não contestou nenhum dos documentos.


Agora, ela foi pedindo a documentação enquanto ia perguntando sobre a minha vida inteira. Perguntou onde eu nasci, onde eu morava e porque eu havia escolhido o curso no qual me formei (Tradução e Interpretação). Respondi, e ela perguntou se era o que eu tencionava fazer no Québec. Falei que sim, e ela perguntou se trabalharia com inglês. Respondi que sim, mas também tinha intenção de trabalhar com português e francês. Ela parou, olhou pra mim e perguntou: "português?". Falei que sim, que haviam vagas nessa área. Ela disse que achava que não, e eu rebati dizendo que elas podiam não ser as mais numerosas, mas com certeza haviam, e que, por mais que eu tenha vontade de trabalhar com tradução para o francês, eu não poderia dizer, no momento, que tenho conhecimentos suficientes para traduzir para o francês, e que então começaria com português e inglês. Ela então perguntou se eu tinha algum vaga para mostrar. Puxei uma e mostrei. Ela fez cara de surpresa, leu um pouco e logo depois disse: "sim, mas essa é uma vaga. Você tem mais alguma coisa?". Puxei outra vaga e mostrei. Nova exclamação de surpresa da parte dela, e aí parece que ela se convenceu e falou que não fazia ideia de que existiam essas vagas.


Em seguida, perguntou sobre o meu emprego atual, o que eu fazia e quanto ganhava. Respondi e expliquei tudo. Ela perguntou se eu fazia alguma coisa relacionada à tradução e interpretação e eu disse que não, no meu emprego atual estou ligado à área de recursos humanos. Ela perguntou sobre minha experiência como tradutor e então falei sobre o ano em que trabalhei para uma cooperativa de turismo e também sobre um emprego anterior em um órgão público, no qual trabalhava com outros idiomas. Aí ela perguntou: "e você vai largar seu emprego atual para ir trabalhar no Québec?". Respondi que sim, que tenho vivido os últimos 3 anos com isso em mente.


Enquanto me pedia um outro documento, ela me perguntou em inglês - do nada - se eu falava inglês. Eu mudei a chave interna pro inglês e respondi que sim. Ela perguntou há quanto tempo eu falava, onde eu havia aprendido e se eu falava melhor inglês do que o francês. Falei que meu inglês é melhor que o meu francês e ela perguntou se eu não tinha interesse em mudar para a parte inglesa do Canadá. Eu falei que não, que o inglês, pra mim, seria uma ferramenta de trabalho, assim como o francês, e que meu interesse era me estabelecer no Québec mesmo. Daí voltou pro francês e perguntou por que no Québec. Falei sobre qualidade de vida, sobre segurança, sobre oportunidades de emprego, e ela questionou que eu poderia ter o mesmo no resto do Canadá. Aí eu falei sobre o custo de vida mais baixo no Québec. Ela concordou e pareceu aceitar as explicações.


Eu não tenho dúvida de que eu continuava com a mesma cara e postura de cachorro de padaria. Ela perguntou que outras línguas eu falava, respondi, e tudo que eu falava ela digitava alguma coisa no laptop. Me perguntou também o que eu faria se não encontrasse um emprego como tradutor. Aí aproveitei e mostrei não só o plano B, que ainda estava ligado à área de formação, como também o C, que estava ligado à minha experiência atual. Ela me perguntou então se eu estava disposto a descer alguns degraus na área profissional e eu disse que era exatamente o que eu tinha em mente. Daí ela digitou mais alguma coisa, e, do nada, pediu para eu falar sobre alguma coisa recente do Québec. Falei sobre a eleição da Pauline Marois, a Comission Charbonneau e alguma outra coisa de que agora eu não lembro, mas só citei, não entrei em detalhes. Ela perguntou onde eu tinha visto isso e falei que escutava todo dia um pouquinho de Radio Canada. Ela perguntou qual programa, eu falei, e ela fez cara de quem sabia do que eu estava falando. Digitou mais alguma coisa, parou e me olhou.


Eu travei mais ainda, mas ela começou de cara falando que não via motivo algum para não aceitar a minha solicitação de imigração para o Québec. Falou que a minha área não é a de maior demanda, mas que realmente há alguma demanda, e que ela gostou dos planos que eu apresentei, inclusive de uma área que ela não fazia ideia que oferecia oportunidades como as que eu mostrei. Falou também que ela achou meu nível de francês muito bom, que ficou realmente impressionada e que me classificaria como francófono. Falou também muito bem do meu inglês e disse acreditar que eu realmente não teria problemas para me comunicar e conseguir emprego no Québec. Nessa hora, eu já tava com a boca aberta. Ela imprimiu uma carta com instruções, uma outra com sites e a impressora deu pau bem na hora da impressão do CSQ. Mas,ainda bem, logo voltou a funcionar.


Enfim, eu escrevo demais, eu sei. Minha entrevista durou uns 40 minutos. Em suma: se você tem algum ponto fraco ou brecha, ela vai tentar explorar isso. Não quer dizer que ela vá tirar pontos ou te reprovar por isso, mas, como ela mesma deixou claro no início da entrevista, ela está ali, dentre outras coisas, para ver se você tem uma visão realista da imigração. Então, se seu plano depende demais de alinhamento planetário, conjunção astral e fatores abstratos, ela vai pegar no seu pé. Se você depende muito dos idiomas para trabalhar e tem um nível baixo, ela com certeza vai implicar. Se alguma informação que você levou for mais achismo do que fato, ela vai querer que você prove o que está falando. Ela é simpática, mas bastante rígida e não tem medo de te corrigir, de falar que você está errado ou de mostrar que acha que você tem outras intenções. Contudo, é só você mostrar alguma coisa que contradiga o que ela fala que ela se cala ou faz um comentário neutro e passa para o próximo ponto. Exceto pela pergunta sobre eventos recentes do Québec, ela não fez nenhum questionamento sobre história, geografia, hidrografia, política ou economia, seja do Québec, seja do Canada. Minha pesquisa valeu muito para responder a várias perguntas, mas, fora as vagas, não precisei mostrar uma tabelinha sequer. Então reforço o que outros já falaram nos fóruns e blogs da vida: estejam preparados para falar sobre você, seu trabalho atual e eventual anterior, e com as intenções de imigração bem definidas, e não se intimidem. Por mais que ela tente achar brechas, se você tiver como explicar tudo o que pretende fazer, ela não vai poder fazer muita coisa.


Agradeci muito, ela perguntou que horas eu voltaria para casa e nos despedimos. No fim, apenas três pequenas frustrações: (1) não ter conhecido o M. Leblanc; (2) não ter assistido ao famoso DVD da Céline Dion; (3) constatar que o CSQ ainda é uma foha A4. Depois de todo o stress, toda a pesquisa, todo o esforço e toda a espera, deveria vir em um quadro esculpido em mármore, com letras garrafais douradas, entregue por uma coruja da neve treinada, e com mensagem personalizada da Pauline Marois. 


Abraços a todos e obrigado a todo mundo que torceu por mim. E boa sorte àqueles que ainda farão a entrevista! Tô torcendo muito por todos!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Montagem do dossiê para a entrevista - Parte 4 : C'est fini!

Bom, gente, é isso aí. Terminei a montagem do dossiê para a entrevista. Mas é impressionante como a impressão que eu tenho é a de que poderia levar muito mais coisas. Por mais que a gente se guie por outras pessoas que já fizeram a entrevista, uma busca no Google sempre revela uma ou outra informação que foi perguntada alguma vez a alguém e que outros não mencionaram. Então, a lição disso tudo é: pirar no dossiê é super fácil! :D




Mas, enfim, depois de reler o que eu já tinha pesquisado antes da convocação e pesquisar mais ainda depois que fui convocado, chegou um momento em que eu tive de falar: "Ok, agora chega, né? Não aguento mais ficar me perguntando se isso será ou não importante na entrevista". E isso porque realmente não tem como saber. Vou fazer o que 99% das pessoas fazem e me guiar pelas 130 famosas perguntas, mas sabe-se lá o que o entrevistador pode tirar da cartola na hora. Por isso mesmo é que não adianta (e nem acho bom, pra falar a verdade) decorar as respostas. O lance mesmo é pesquisar e ler tudo em francês várias vezes para que você tenha em mente os principais pontos do seu dossiê. Talvez eu mude de ideia quanto a isso depois da entrevista, mas por enquanto acho que é isso hehehe.

Bom, meu dossiê ficou assim:

1. Le pays: Canada

Aqui eu dei informações gerais sobre o país, como extensão, população, línguas oficiais, número de províncias e territórios e por aí vai. Escrevi parágrafos curtos em vez de apresentar os dados numa tabela. Achei que ficou mais pessoal assim. E são parágrafos curtos mesmo, máximo de três ou quatro linhas. Fiz também uma seção com um pouco de história, com as principais datas e acontecimentos, e, por fim, terminei com uma sessão sobre motivos para morar no Canadá. Esses variam da segurança à diversidade cultural.

2. La province: Québec

A estrutura foi a mesma do tópico sobre o país, só que, obviamente, voltado para o Québec. Coloquei as informações gerais em parágrafos, depois uma parte de história (terminando com a eleição da Pauline Marois como primeira-ministra do Québec), e terminei com as razões para se morar no Québec. De novo, as razões variam entre a abertura à imigração e a qualidade de vida.

3. La ville: Montréal

Mesma coisa dos dois itens anteriores: dados gerais em parágrafos, datas e acontecimentos mais importantes e razões para se morar em Montréal. Aqui, já foquei mais especificamente nas oportunidades de trabalho, já que, de fato, a cidade é a que mais apresenta empregos para a minha área.

4. Le marché du travail

Aqui estão as pesquisas que fiz sobre o mercado de trabalho na minha área. Todas as informações foram tiradas diretamente de sites do governo canadense. Pensei em incluir algumas opiniões que vi em blogs, mas, no fim, achei melhor deixar apenas os dados oficiais. Fiz introduções curtas sobre cada ponto, mas o grosso do texto foi tirado direto dos sites, com as devidas fontes citadas, é claro. Essa é, sem dúvida, a maior parte do meu dossiê.

5. L'ordre des traducteurs, terminologues et interprètes agréés du Québec

Mesmo não sendo imprescindível fazer parte da ordem para exercer as profissões de tradutor e intérprete no Québec, achei interessante colocar o caminho das pedras para se registrar na ordem. As informações são gerais e há um passo-a-passo do que fazer. De qualquer forma, minha intenção é dizer que acredito que a ordem será interessante no médio prazo, já que pretendo primeiro ganhar experiência na minha área em solo canadense e estar mais à vontade com a cultura e as línguas antes de fazer o registro.

6. Les opportunités de travail

Fiz três tabelas para os planos A, B e C, listando as vagas que selecionei para a entrevista. Coloquei as principais informações (empresa, nome do cargo, línguas e diplomas exigidos, tipo de cargo, etc) para facilitar a visualização. As vagas, vou levá-las impressas, da forma como as tirei da Internet. Caso o entrevistador queira ver alguma vaga específica, coloquei uma coluna nas tabelas com um código simples para que fique fácil localizar uma folha em meio às outras. Descartei a maior parte das vagas que pedem mais anos de experiência do que possuo, mas estou levando algumas como uma forma de "objetivo de vida", vagas que eu poderei assumir depois de algum tempo de Québec. Contudo, só tenciono mostrar essas vagas se o entrevistador demonstrar interesse.

7. Les dépenses

Essa é a seção mais curta do dossiê. Preferi não encher linguiça: escrevi um parágrafo sobre como tenciono começar minha vida lá em Montréal e, logo em seguida, coloquei uma tabela com os principais gastos, além de um campo de provisão para emergências. Isso é um tanto pessoal demais, então até pra pesquisar e comparar com o orçamento de outras pessoas é difícil, mas acredito que não estou fugindo demais da realidade.

8. Les premières démarches

Aqui eu coloquei as orientações gerais para as primeiras etapas da vida no Québec: carte de resident permament, carte d'assurance maladie, permis de conduire, habitação, palestra de adaptação e algumas outras coisas. Essa sessão ficou bem simples, é só mesmo um mini-guia geral caso o entrevistador queira saber se eu já tenho ideia do que se faz quando você passa pela imigração no aeroporto.

E é isso. Nessa pasta estão só as informações sobre pesquisa. Estou levando uma outra com os documentos solicitados na carta de convocação para a entrevista e alguns outros que achei importante (como, por exemplo, o formulário de DCQ com informações corrigidas, já que eu não sei até hoje se o BIQ recebeu o pedido de alteração de endereço que fiz). Não ficou nada volumoso, o que certa forma me incomoda um pouco, mas estou tentando ter em mente que o dossiê é só um guia, e que o que eu tenho mesmo é de saber explicar as coisas na hora. E isso, por si só, já me deixa doido hehehe.

Agora vou imprimir a papelada toda e passar os últimos dias lendo, relendo e trelendo toda a pesquisa. Não sei se volto aqui antes da entrevista (dependendo do resultado, não sei nem se volto), mas quero agradecer a todos que deram uma paradinha aqui de vez em quando e, em especial, a todos os que me ajudaram, seja dando apoio durante a espera, seja deixando um comentário, seja oferecendo ajuda. Espero ver vocês todos em breve!

À bientôt!