sexta-feira, 24 de junho de 2011

[Processo Via Québec] Teste de avaliação online

É bastante comum a gente ficar hiper-super-ultra-mega animado com a possibilidade de ir morar em um país de primeiro mundo, deixar a violência do Brasil pra trás, dar uma turbinada na carreira ou mesmo começar uma nova e - no caso de quem tem filhos ou pretende um dia tê-los - criar os rebentos em um lugar onde respeito é aprendido cedo e não é visto como sinal de fraqueza. Aí você começa a ler, se informar, se depara com 342 páginas, 8.134 blogs, 102 taxas e acaba se perdendo, sem saber sequer se tem o mínimo de requisitos para ser aprovado. Aí começam as dúvidas do "será que vale a pena?", "a pequena fortuna que vou gastar será compensada de alguma forma?" e outras mais. Realmente, pode não ser uma decisão fácil por envolver diversas variáveis, mas há uma ferramenta disponibilizada pelo site do Escritório de Imigração do Québec que pode te dar uma noção muito boa da coisa - e cujo uso é amplamente encorajado pelo próprio escritório: o teste de avaliação online.



O teste, pode-se dizer, é uma pré-seleção para aqueles que gostariam de imigrar para o Québec. Nele, são analisados todos os principais fatores que podem te aproximar do avião que vai te levar definitivamente pro Canadá ou manter seus pais e/ou seus sogros  felizes porque você vai ficar aqui e não vai levar a(o) filhinha(o) do coração deles "pra aquela terra gelada onde só tem pinguim" (?). Dentre esses fatores, como já falei em outro post, estão a idade, o diploma, a experiência profissional, se você deu cria e se fala inglês e francês bem o suficiente. Ao responder as questões desse teste - de forma honesta, claro - você obtém um panorama geral da possibilidade de ser aceito como residente permanente. Por favor, muita ênfase em "possibilidade", pois o teste não é definitivo. Ele é uma ferramenta pra ajudar o candidato a ver o quão perto (ou longe) ele está de cumprir os requisitos e, portanto, é um tanto quanto subjetivo em relação a algumas questões. Por exemplo, ele te pergunta quão bem você sabe inglês ou francês e você tem que se "classificar" em uma das opções - o que nem sempre é fácil e pode fazer com que seu resultado fique acima ou abaixo da realidade.

Enfim, de qualquer forma, é uma maneira muito boa de ver o que você já tem e o que ainda precisa conseguir, além de ser anônimo, gratuito e permitir que você refaça quantas vezes quiser, inclusive testando respostas diferentes para ver qual o perfil que você precisa ter. Eis o link:




O teste está disponível em inglês, francês e espanhol. Já fiz trocentas vezes, e sempre dá que sou aceito com um nível de francês intermediário, que acho que é onde tô chegando agora. Em compensação, fico um tanto ressabiado em relação ao meu diploma (Tradução) e a experiência profissional (serviço público - área de RH), pois uma coisa não tem nada a ver com a outra e, além disso, eu tenho mais de cinco anos de experiência no setor público, mas apenas um ano comprovado de experiência como tradutor. Mas enfim, isso eu vou descobrindo pelo caminho.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Entrevistas - Round 2

Como já foi anunciado, linkado e gritado em blogs e listas de discussão, já saíram as datas para a segunda rodada de entrevistas de 2011. Aqui em São Paulo, as entrevistas ocorrerão entre 26 de setembro a 4 de novembro. No documento oficial não há menção a outra cidade brasileira exceto São Paulo, mas há rumores de que entrevistas podem ser feitas também em Salvador - mas são só rumores, pelo menos por enquanto.

Boa sorte a quem for convocado pra essa rodada!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

[Processo via Québec] Parte do Québec e Parte Federal

Como comentei antes, vou começar aqui uma série de posts sobre o processo de imigração propriamente dito. Para o pessoal que já está careca de ler sobre o assunto, desculpem, vai ser pizza requentada... mas enfim, eu ando sentindo a necessidade de ler informações oficiais e meio que catalogá-las, e foi esse o principal motivo de eu ter criado o blog.

NOTA: isso aqui não visa substituir nenhum documento oficial de imigração de forma alguma. Pode conter erros, imprecisões, interpretação duvidosa, analfabetismo funcional e outros. Por isso, quem quiser se aprofundar ou conferir as informações deve ir atrás delas nas publicações oficiais.
Então vamos lá!



Há diversas formas para se imigrar para o Canadá. Cada Província possui suas próprias regras, e o governo federal também possui um procedimento próprio, que atualmente só aceita determinados profissionais e um número pré-definido deles por ano. Há também a possibilidade de imigração como refugiado e como trabalhador temporário, mas, como no meu caso o processo mais viável é o de trabalhador qualificado pela província do Québec, é dele que vou tratar aqui.

O processo de imigração do Québec possui duas partes principais: uma regulada pela própria Província e outra que submete a regras do governo fedral. Em "imigrantês", todo mundo chama de essas partes simplesmente de "parte do Québec" e "parte federal". Essas duas partes são necessárias para qualquer pessoa que deseje imigrar para o Québec por esse processo.

O Québec é responsável por determinar a quantidade de imigrantes que quer receber e selecionar os candidatos de acordo com seus próprios critérios. Ao governo federal cabe estabelecer as normas gerais de tratamento das categorias de imigração e definir e aplicar os critérios que permitem a alguém entrar e permanecer no Canadá. Em suma, o Canadá regula as normas gerais, e o Québec, com base nisso, traça seus próprios critérios.

Para selecionar um trabalhador qualificado, a província do Québec leva em conta alguns fatores, dentre eles: a formação, a experiência profissional, a idade, o conhecimento de inglês e francês e a autonomia financeira. Quando o trabalhador é selecionado pelo Québec, ele recebe um certificado - o tão desejado Certificat de Sélection du Québec, ou CSQ, em "imigrantês". A parte do processo regida pela província encerra-se, em geral, com a emissão do CSQ e, a partir daí, o processo toma um outro caminho, que é a parte federal. Caso a parte federal seja favorável ao requerente, ele ganha o status de residente permanente, situação que dá a ele os mesmos direitos de um cidadão canadense, exceto o direito de votar e o de ter passaporte canadense. Esses direitos também podem ser adquiridos mais pra frente com a obtenção da cidadania, mas isso é assunto para outra hora.

Então, em resumo, é o seguinte: quem que imigrar para o Canadá pelo processo de trabalhador qualificado da província do Québec deve primeiro passar pela "parte do Québec", cumprindo as exigências dela. Se, ao final dessa parte, ele for bem-sucedido e obtiver o CSQ, ele segue para a "parte federal". Obtendo sucesso também aqui, o requerente ganha o status de residente permanente e pode ir morar no Canadá.
Em esqueminha simples:

Vontade de ir morar no Québec ---> processo (parte do Québec) ---> obtenção do CSQ ---> processo (parte federal) ---> status de residente permanente


fonte: http://www.immigration-quebec.gouv.qc.ca/fr/immigrer-installer/travailleurs-permanents/demande-immigration-general/selection-admission.html

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Adicionar mais francês à mistura?

Bom, esse vai ser um minipost (espero!), apenas para comentar sobre dois pequenos aspectos:

Primeiro... bem, eu comecei a fazer francês em junho de 2010. Fiz um módulo em um mês e meio de intensivo, depois fiz mais dois módulos em quatro meses, também intensivo. Daí, sentindo que tinha visto muito conteúdo, mas que faltava fixá-lo, resolvi desacelerar e fazer um curso regular. Nesse meio tempo, tentei mudar para uma escola que era muito indicada por várias pessoas, mas não consegui. Acabei perdendo o início das aulas de várias escolas e, por fim, para não ficar o semestre inteiro parado (em termos, porque estava sempre revisando o conteúdo que já havia visto na outra escola), comecei a fazer aulas particulares. Tem sido bom, a professora é acessível, e eu tenho a vantagem de poder abordar de frente as dúvidas que tenho e me expressar com graça e desenvoltura balbuciar como um macaco que teve AVC na tentativa de melhorar a conversação. E acho que tem rendido alguma coisa, pois a professora ontem voltou a dizer que eu tenho um nível bom \o/


O segundo aspecto é... embora as aulas particulares estejam indo bem no momento, eu acho que é muito pouco. São apenas três horas por semana! No resto do tempo, eu fico escutando Radio Canada, lendo artigos do Le Monde, decorando palavras do dicionário visual, chorando no chuveiro porque não consigo usar os pronomes "en" e "y" de forma decente e tudo mais, mas claro, isso não é suficiente. Então tô pensando em aliar as aulas particulares com aulas numa escola. No momento, tô sem saber se faço um intensivo em algum lugar (minha antiga escola e a Aliança Fracesa são fortes candidatas) ou se espero pra começar um curso regular em agosto. Claro, pensando em número de  horas, fazer um intensivo agora em julho é uma boa, mas tem também o lance do ritmo, do quanto eu dou conta e outras coisas... enfim, tenho que pensar!

De qualquer forma, logo vou começar a fazer posts mais voltados pra imigração em si. Há algum tempo comecei a ler as páginas oficiais do escritório de imigração do Québec e outros documentos oficiais, e acho que é legal colocar um resumão ou os pontos mais importantes/mais interessantes pra mim, até como forma de montar um resumão pra quando eu precisar consultar alguma coisa. Só tenho que encontrar tempo pra fazer isso!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Teste de francês pode ser implementado no processo

Passeando pelas listas, blogs e comunidades da vida, acabei me deparando com uma reportagem interessante. Reproduzo abaixo um trecho e, quem quiser, pode ler a íntegra na fonte, aqui


"La ministre de l'Immigration et des Communautés culturelles, Kathleen Weil, imposera sous peu des tests de français «standardisés» aux immigrants afin d'identifier les nouveaux arrivants qui ne connaissent pas suffisamment le français pour exercer leur métier ou leur profession.

«Ce sera un test pour vraiment établir le niveau de français qu'ils ont pour s'assurer qu'ils puissent intégrer le marché du travail», a indiqué, hier, au Devoir Kathleen Weil avant de participer à la commission parlementaire qui se penche sur la planification de l'immigration au Québec pour la période 2012-2015."


Se é bom? Meio difícil dizer, né, principalmente levando-se em conta que eu sou candidato a imigrante e tenho outros probleminhas ligados à profissão. Ou seja, quanto mais fácil tornarem o processo, melhor pra mim. Por outro lado, e esse lado é o lado do Québec, um teste nesses moldes pode realmente ajudar a selecionar melhor o perfil que eles procuram. Pode ser também uma maneira de ajudar o imigrante a entender em que nível de conhecimento da língua ele está exatamente, visto que nem sempre é fácil você dizer "meu conhecimento é de nível intermediário". E pior ainda quando há subdivisões disso (tipo "sou iniciante-intermediário" ou "sou avançado-iniciante-com-sotaque-da-terrinha").

Independente disso, o negócio é continuar firme no francês!