quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Viagem ao Québec - Dia 05: Parque Jean Drapeau

Esse dia foi praticamente todo dedicado a ficar um tanto longe da cidade. Resolvemos ir às ilhas de Notre-Dame e Sainte-Hélène e explorar o que há lá.

Foi o primeiro e um dos únicos dias em que pegamos metrô. Foi bom para conhecer e para ver que ele, aparentemente, é menos entulhado de gente que os que conhecemos. As máquinas de vendas de bilhetes são bem simples e o próprio sistema da rede é tranquilo. Não há, por exemplo, divisão em zonas como em Londres e certas cidades da Alemanha. Então você compra o bilhete na máquina e vai ser feliz direto na catraca, que é do tipo que "puxa" o bilhete e devolve. Pegue de volta, caso algum fiscal resolva te pedir em algum momento (não aconteceu com a gente).

Enfim, fizemos baldeação e tudo e chegamos no parque Jean Drapeau bem rápido. E gente... que lugar desolado! Explico: quem leu outros posts sobre a viagem notou que, aqui e ali, eu comentei que não estava vendo muitas pessoas nas ruas e tal. Bom, talvez alguém que já está morando em Montréal há um tempo possa dar uma explicação, mas a verdade é que, passados cinco dias, eu achei a cidade praticamente deserta. Claro que minha referência é São Paulo, que se assemelha a um estouro de manada de gnus, mas sério, eu achei a cidade vazia demais. O parque então... certo, eu sei que o outono estava se instalando e que as temperaturas não estavam mais altas e tudo aquilo. Mas e aí? É assim mesmo? O verão acaba e todo mundo se esconde, mesmo antes de fazer -20ºC?

Olha! Pessoas!

Vaziooooooo

Desertoooooo


O parque Jean Drapeau fica numa das ilhas menores entre a ilha de Montréal e Longueuil. É enorme, e tem algumas atrações turísticas bem interessantes, além da área verde em si, extensa e muito, muito bonita. Fomos andando bem tranquilamente, eu chocado e me sentindo num filme de terror, vendo quiosques de comida, cachorro-quente e outras coisas fechados com cadeado, aquele monte de folhas sendo soprado de vez em quando pelo vento, caminhos e trilhas praticamente desertos. Na verdade, fora as poucas pessoas que desceram com a gente no metrô e que, obviamente eram turistas, parecia não haver viva alma no parque. Aliás, nem alma, quanto mais viva.





Nossas andanças, além de nos levar a cenários bonitos, também nos conduziu ao Stewart Museum. Ele está sediado numa antiga fortaleza militar e o acervo é bem focado nisso. Havia uma exposição temporária de cartografia e foi bem interessante ver mapas confeccionados nos anos 1500 e 1600 e como eles retratavam áreas, países e continentes cujas formas e contornos diferem, às vezes, muito do que conhecemos. Gastamos umas duas horas lá, e ainda ouvimos do cara da recepção que ele tinha ficado feliz em ver que a gente passou tanto tempo lá vendo a exposição, já que a maioria das pessoas olha tudo em 45 minutos. Vê se pode!




Nosso plano era ir até a Biosfera e visitá-la por dentro, mas concluímos que não valia a pena, se pensássemos no preço e no tempo que tínhamos disponível. Então nos contentamos em olhá-la por fora, tirar fotos e fazer um lanchinho na área em volta. Foi um dos locais em que mais encontramos turistas, mas, mesmo assim, dava pra contar nos dedos.



Fica pra próxima!


Atravessamos a ponte para a outra ilha e chegamos ao lugar onde foi realizada a Exposição Mundial na década de 60 (mais especificamente em 1969, como um comentário ali embaixo mencionou) . Esse foi um evento que deve ter marcado mesmo a cidade, pois em praticamente todos os museus você encontra alguma referência a ele. Cobrimos boa parte da área dos antigos pavilhões dos países, que hoje não existem mais ou se transformaram em outras coisas. Essa parte do parque é muito bonita também, e finalmente vimos um número maior de pessoas praticando corrida, ciclismo ou só andando mesmo. Passamos também pelo cassino - que estava em reforma -, pelo circuito Gilles Villeneuve e vimos, de longe, o La Ronde, o parque de diversões naquele estilão antigo (fechado também).

Olha, posso dizer que realmente adorei o parque! Fiquei me imaginando indo ali, como no Parc du Mont Royal, só pra sentar e ler um pouco, ou até pra retomar o hábito de dar uma corridinha de vez em quando. É claro, quando a realidade chega, as coisas mudam. Não sei se, depois de um ou dois anos morando lá, com a vida a toda, eu (ou alguém) vai realmente pensar em esticar até o parque só para ler um pouco. A julgar pelo tanto de gente que encontramos nesse passeio de início de outono, nem os próprios montréalais pensam :P

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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Encontro em SP e mudanças à vista

Para quem pretende dar entrada no processo de imigração nos próximos anos, é bom dar uma olhadinha no link abaixo. Parece que, a partir de 2015, o processo de imigração para o Canadá ficará mais parecido com o da Austrália. Se me lembro bem e não estou confundindo, nesse tipo de processo os candidatos preenchem um formulário com várias informações que fica disponível para os empregadores do país consultarem, contatarem e etc. No caso de uma empresa querer contratar alguém de fora, o visto é emitido e o imigrante poderá solicitar a cidadania posteriormente.


Como sempre, isso será bom para uns e ruim para outros. Todo mundo sabe que o Canadá vem fechando a porta para tornar o processo de imigração mais útil para eles (= evitar pessoas que não têm formação ou profissões compatíveis com a demanda da província e/ou que acabem pulando para outras províncias ou mesmo outros países), e isso se reflete na lista de profissões que foi estabelecida de uns anos pra cá e na alteração da pontuação que essas profissões recebem. Ainda assim, pessoas cujas profissões têm demanda relativamente baixa - e que, mesmo assim, podem dar entrada no processo atualmente - talvez não consigam mais ir paras as terras do norte por esse caminho. Tudo vai depender, no fim, de quanto a sua profissão está sendo requisitada por lá. Por outro lado, o atraso que consome a vida de todo cidadão de bem que participa do processo de imigração provavelmente tende a acabar. Então, avalie bem as suas chances, motivações e todos os outros aspectos, você aí, que ainda vai dar entrada no processo de imigração, e tenha em mente essa possível mudança a partir de janeiro de 2015.

Mudando de assunto, no último domingo rolou um encontro de futuros imigrantes aqui em São Paulo. Não coloquei nada no blog porque eu mesmo vi muito em cima da hora, achei até que ficaria de fora. Mas deu tudo certo e ficamos ontem das 10 às 15 horas batendo papo, dando risada e chorando as pitangas da demora nos processos de cada um. Teve gente de todos os estágios: pessoas no provincial, pessoas no federal, prioritários que estão esperando CSQ há eras, gente que ainda não deu entrada em nada... enfim, foi muito legal poder ter contato com pessoas que estão vivendo mais ou menos a mesma situação. Às vezes, a gente se sente tão alienígena com essa história de ir embora pra outro país quando todo mundo à sua volta está com os pés bem fincados nesta realidade aqui que parece até que você está numa viagem alucinógena. Bom, no próximo encontro colocarei os dados aqui, caso alguém queira participar (ou vocês podem acompanhar pelo fórum da Comunidade Brasil Québec, que foi um dos lugares onde a chamada foi feita).

Bonne chance à tous et à bientôt!

domingo, 27 de outubro de 2013

Viagem ao Quebec - Dia 04: Vieux Port

Esse dia dedicamos todo à área porto velho de Montreal. Fomos a pé, pra variar, e começamos a visita pela prefeitura. Dá gosto de ver um prédio daqueles, hein? E é permitido aos turistas entrar, mas a visita fica restrita ao salão principal e "espichadas de cabeça" em algumas salas. Ainda assim, pela beleza do lugar, vale uma visita, mesmo que rápida.

Com uma prefeitura dessas, dá até gosto de ser cidadão!

Recepcionista da prefeitura

Foto do tipo "espichando a cabeça pra dentro da sala"

E você aí, achando que pode chamar de vaso aquela jarrinha em cima da estante

Quando saímos da prefeitura, notamos um mundaréu de gente na rua. Não demorou muito, notamos também que um alarme (provavelmente de incêndio) estava soando em algum dos prédios próximos. Há varios edifícios do governo, e o mundaréu de gente parece ter saído de dois deles, que aparentemente eram relacionados à justiça, pois o que teve de neguinho com roupa de juiz andando pela calçada... Enfim, a gente até ficou curioso pra saber se era só um exercício de incêndio ou algo pra valer (escutamos algumas pessoas perguntando "qu'est-ce qui se passe?" umas às outras), mas tínhamos mais o que fazer, né?

Fomos então para a igreja de Notre-Dame de Montréal. Ali eu me senti turista pela primeira vez na cidade: fila pra entrar, ômibus de excursão chegando e saindo, um monte de gente com máquina fotográfica e por aí vai. A igreja é bem escura no interior, tem aquele ar um tanto opressor comum a grandes catedrais cristãs, mas vale muito a visita. 

Ei-la!

Olha essa iluminação!
A próxima parada foi o Centre d'Histoire de Montréal. Ele funciona em um prédio que abrigava o corpo de bombeiros da cidade há trocentos anos. Uma coisa que notamos aqui (e depois em outros prédios da cidade) é que vários edifícios históricos mantém a fachada original, inclusive com quaisquer inscrições da época. Assim, por trás das letras dos dizeres Centre d'Histoire de Montréal, você consegue ver o letreiro original de quando o lugar era dos bombeiros.

Tá vendo ali, ó? Caserne Centrale de Pompiers...
O centro é muito, muito, muito interessante (se você gostar de história, claro). A área dele não é muito grande, mas ele abriga muita informação desde a fundação da cidade em 1642 até os anos 2000. É bem legal ver como a cidade se expandiu e mudou, incluindo as influências que a tornaram o caldeirão multicultural que ela é hoje. O único "porém" aqui é que a disposição das informações é um tanto estranha, e você pode se perder um pouco em meio a tanta coisa. Ah, a quantidade de coisas também acaba fazendo você gastar um bom tempo, então, se você se interessa por história, pode reservar meio dia fácil pra ficar aqui dentro.

Depois de visitar o centro, fomos  nos perder um pouco pelas ruas da região, o que nos rendeu esbarrar com lugares com esse aí:






Fomos ao destino seguinte que era o Pointe à Callière, um museu/escavação arqueológica que está localizado no ponto exato onde a cidade de Montréal começou. Começamos o passeio por uma exposição que estava rolando sobre o chá (eu sei, nada a ver com o início de Montréal, mas o museu não é só da cidade). Foi bem interessante, mais do que eu esperava que fosse. Mas o grande atrativo do Pointe à Callière é a possibilidade de explorar as ruínas das primeiras construções da cidade, que datam do século XVII e ficam no subsolo da cidade moderna. Eu senti falta de ter mais informação sobre cada um dos lugares que são descritos ali, mas a sensação de estar vendo algo que foi construído e está enterrado ali há 400 anos é muito legal.






De lá, fomos dar uma volta pelo porto em si, que não é propriamente bonito, mas é muito bem cuidado. Há sempre pessoas andando de patins, bicicleta, correndo ou dando uma voltinha a pé mesmo. Aquele lugar parece te tirar um pouco da cidade propriamente dita, pois a agitação fica realmente pra trás e você tem a sensação de estar numa área bem mais isolada da cidade. Fomos seguindo o rio São Lourenço e passamos por uma "prainha" (na verdade, uma área cercada onde há areia, alguns guarda-sóis e espreguiçadeiras na beira do rio, mas que estava fechada com uma placa que dizia "o verão terminou! Até o ano que vem!") e pela torre do relógio. Essa área toda estava praticamente deserta. Na volta, passamos em frente ao Marché Bonsecours, mas não entramos porque já estava fechado.

A noite já estava se instalando quando nos demos conta que estávamos bem pertinho do centro velho que abriga ruelas cheias de lojinhas para turistas. Fomos dar uma volta lá e acabamos tendo nossa segunda experiência "poutinística". Comemos no Poutine Montréal, que deu de 10 a 0 no Frite Alors. Realmente muito bom, pudemos curtir um jogo de hóquei sobre o gelo pela TV e ainda tivemos um garçom super simpático, que nos tratou muito bem, quis saber se a gente entendia tudo que ele falava em francês e nos deu várias dicas. Foi pra ele, inclusive, que eu perguntei se não falavam addition no Québec (e, como já contei antes, ele disse que falam, sim, mas é mais comum dizerem facture ou note). 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Viagem ao Quebec - Dia 03: Redpath Museum, Musée de Beaux Arts e McCord Museum

Esse dia era reservado a alguns museus. Começamos pelo Redpath Museum, museu pequeno, mas bem simpático, que fica em um dos prédios da Universidade McGill. Na verdade, a impressão que você tem é que o lugar virou um museu por acidente, como se tivessem começado a guardar as coisas ali até que alguém falou: "que tal a gente organizar isso aqui e transformar num museu?". Tem um pouco de tudo, de esqueletos de animais extintos a múmias egípcias, passando por uma grande coleção de pedras.


Deve ser obrigatório ter um desses em todo museu


Vento Cinzento. Ou será o Verão?


Que claustrofóbico ficar aí dentro...


O prédio possui laboratórios, salas de professores e pesquisadores e também de aulas. Enquanto estávamos lá, tinha uma aula rolando num auditório no fundo e também outra no último andar. Ah, e detalhe: até tem uma mesa lá com a caixinha pra você pagar a sua entrada, mas me pergunta se tem alguém pra receber? Ninguém. Colocamos nosso dinheiro na caixinha, assinamos o livro e pronto.

Mas não pagamos com isso aí não


De lá, fomos a pé até o Museu de Belas Artes de Montreal. Nos perdemos um pouco para achar o prédio da entrada, mas só porque cismamos que o prédio para o qual estávamos olhando era a entrada. Depois de gastar um tempo procurando algum indício que ajudasse, encontramos uma plaquinha que dizia "entrada  para todas as exposições pelo prédio do outro lado da rua". Aí caiu a ficha, olhamos para o outro lado e tá-dáááááááá! Tinha uma faixa enorme onde se lia o nome do museu e a singela palavra "entrée" hehehe.


Esse museu é simplesmente sensacional, ao menos para quem gosta de pinturas. Eu não sou nenhum especialista não, mas curto gastar um tempo vendo obras do tipo que vi aqui. A exposição permanente é gratuita, você só precisa deixar sua mochila no guarda-volume (que é gratuito também, mas você é convidado a "contribuir"), pegar um mapinha do prédio e pronto. Se você quiser ir ver alguma das exposições temporárias, aí tem que pagar. Mas, na boa, a não ser que seja algo que você queira muito ver, o acervo permanente vai te manter ocupado por MUITO tempo! No meu caso, acabou que voltei uma segunda vez, porque nesse dia aqui só consegui ver um dos prédios do museu. Ah, eles têm áudio-guia disponíveis, e o que achei interessante é que, além das explicações e curiosidades sobre determinadas obras, eles colocaram também trechos de músicas representativas dos períodos de cara pintura (barroco, renascimento, etc). É bem legal, mas fique de olho na indicação da duração do áudio: vi faixas que chegam a 15 minutos, então, a não ser que você esteja bem de boa em relação a tempo, o áudio-guia pode te prender muito.
Siga as plaquinhas com "entrada"


Olha a luz dessa tela


E você ainda pode sentar e contemplar. Chique nos úrtimo!


Depois, de perna já doendo de tanto ficar em pé vendo pintura, ainda tivemos ânimo de encarar o McCord Museum. Esse foi um tanto decepcionante: a única exposição que me interessou - e com ressalvas - foi uma dedicada às vestimentas das Premières Nations. Foi interessante ver a maneira que eles encontraram para se proteger do frio e as influências que sofreram quando os europeus deram as caras. No mais, havia uma exposição com objetos de várias épocas de Montreal (mas pequena), e uma outra de fotos aéreas da cidade, que não me atiçou.

Depois de um tanto decepcionados, fomos à Place des Arts. Não entramos em nada lá, mas é um complexo de galerias, teatros e casas de shows. O lugar em si é muito legal, uma praça mesmo, espaçosa, com os prédios ligados uns aos outros por caminhos internos. Super limpo o lugar, no geral, mas daí lembre de ver perto dos bancos, e lá estavam as bitucas de cigarro ao redor de cada banquinho. Mas, comparada à limpeza do resto, essa falta de exemplo de algumas pessoas não chegou a abalar a minha convicção de que a cidade é realmente limpa.

Place des Arts no fim do dia

Com direito a show de luzes!

E dá-lhe luzes!


Esperamos o sol se por e resolvemos explorar a rua Sainte-Catherine mais para o norte. Gente, eu não sei como é além do ponto que eu fui (cheguei na altura da entrada para Chinatown, para aqueles que moram em Montreal ou já conhecem), mas, embora a Sainte-Catherine em si seja cheia de luzes, restaurantes, lojas e pessoas, as transversais vão ficando bizarras à medida que a gente segue para o norte. Em determinado momento, resolvemos entrar numa rua para ver como era a René-Levesque naquela parte e deparamos com uma velhinha comprando um pacotinho de um cidadão lá. Velhinha mesmo, cabelos brancos e tudo mais. Ela passou o dinheiro com uma das mãos, ele recebeu, passou o pacotinho com a outra mão, ela recebeu e saiu andando. Mais para a frente, havia uma praça pequena, quase sem iluminação, com pessoas aparentemente "chupando" drogas, como falava a tia de uma amiga minha. De repente, perdi o interesse de ver o que mais aquelas bandas tinham a oferecer hehehe. Chegamos na René-Levesque e voltamos andando.

Depois de ficarmos de pé o dia inteiro, passamos numa Pharmaprix da vida e compramos comida para fazer/esquentar no hotel. Se tem uma coisa que dá pra constatar rapidinho nos supermercados é que as "besteiras" (salgadinhos chips, balas, chocolates, etc) são MUITO baratas! Você consegue comprar muita porcaria com CAN$ 5. Já um sanduíche natural (do tipo pão, queijo, presunto, salada ou daqueles com pasta de atum, frango, etc) sai entre CAN$ 3 e 4 na maioria das vezes. Suco também fica nessa faixa, e água mineral (se você não quiser abastecer sua garrafinha na torneira do hotel ou nos bebedouros espalhados pela cidade) você encontra de CAN$ 0,79 a 4,00. Então, se você é do tipo que também vai ao supermercado quando está explorando cidades nas férias, isso pode dar uma noção de preços.

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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Mais um motivo para imigrar

E, para este que vos escreve, que não vive sem um bom joguinho de videogame quando sobra um tempo, é um ótimo motivo!

Fonte: UOL jogos

Qualidade de vida, oportunidades profissionais E AINDA o PS4 mais barato do mundo (ou, pelo menos, dessa lista aí, o que já não é pouca coisa)? Onde eu assino?

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Viagem ao Quebec - Dia 02: Oratoire St. Joseph, Mont Royal

Acordamos às 7h no dia seguinte, refeitos e bem dispostos (vivam as camas de hotéis!). Depois de tomar café, saímos em direção ao Oratoire St. Joseph. Como mencionei no outro post, eu e meu amigo curtimos mais andar a pé sempre que possível, e, sendo este nosso primeiro dia de fato para explorar a cidade, fomos andando da René-Levesque até o Oratoire St. Joseph, o que dá mais ou menos 4 Km. Ao longo do caminho, já fomos reparando nas ruas, e a primeira coisa que me chamou a atenção foi que não havia muita gente andando pra lá e pra cá. Mas tudo bem, talvez fosse a região onde estávamos. A segunda coisa que notei foi a limpeza das ruas. Nada dos típicos papéis, copinhos, garrafinhas, chicletes e sabe Deus mais o que o pessoal joga nas ruas aqui no Brasil.

Shaughnessy House, no Boulevard René-Levesque

Bicicletas públicas com folhas de outono contratadas posando


Fizemos várias paradas pelo caminho, até porque o bom de ir andando é justamente poder parar quando você algo que chama a sua atenção, né? Foi assim que encontrei essa pilha de lenha à la desenhos animados da minha infância:

Vai um lenhador de camisa de flanela xadrez aí?


Chegamos ao Oratoire St. Joseph e gastamos um bom tempo do lado de fora. O lugar e a construção em si são lindos! Ele tem toda aquela imponência de estar situado no alto da colina, com toda uma escadaria que leva até lá. E, quando se chega lá em cima, você tem um belo mirante para contemplar parte da cidade até onde a vista alcança.


Céu lindo, com um monumento no meio


Ei-lo!


A visita ao lugar é gratuita. Como faço em todo lugar, perguntei se podia tirar fotos. "Sim, sem flash" foi a resposta, que, aliás, se repetiu em 95% dos lugares fechados que visitamos. Eu não tenho problema nenhum em não tirar foto. Se não é permitido, por qualquer que seja a razão, não fico tentando tirar escondido. Mas estava liberado, então beleza. Só que não.

Estava eu tirando uma foto em um canto do interior do lugar (canto mesmo: o lugar fica atrás do altar, um monte de colunas o separam da nave principal) e, de repente, uma mulher chegou e perguntou:

-O que você vai fazer com essas fotos?

Pelo sotaque, arrisco dizer que a distinta senhora era não só imigrante, como vinha de algum país de língua espanhola.

-Mostrar para aqueles que não podem estar aqui comigo - foi a minha resposta, embora tenha tido vontade de dizer "não é da sua conta". Mas queria ser cordial.

-Isso não é brincadeira! Você deve mostrar respeito e temor a Deus! Este lugar não é um parque de diversões! Você será julgado por Deus, e vai para o inferno! - continuou ela, elevando a voz.

Eu deveria ter dito "vejo você lá, então!", mas só respondi dizendo que eu havia tido o cuidado de indagar e que me foi informado, PELAS PESSOAS QUE TRABALHAM LÁ, que não havia problemas em tirar fotos. 

-O que importa é o que você faz! Repense suas ações, e tema a Deus! É um conselho que te dou! - foi a resposta dela.

-Muito obrigado pelo seu conselho - falei, e dei as costas.

Ela ainda continuou falando, mas não prestei atenção. Já estava constrangido o suficiente para continuar batendo boca com aquela escolhida do Senhor, então só me afastei. Não a vi mais.

É complicado continuar com o mesmo humor depois disso, mas, depois de um tempo, até que consegui. Dei uma volta pelos jardins, que são muito bonitos, e fui até a casa/capela do irmão André, que fica ali do lado do Oratoire St. Joseph, e que foi quem começou a coisa toda.


Na língua da véia que me escorraçou, "Queime no inferno, você, que tirar fotos aqui dentro"

Capela do frère André

Jardim 


Depois do Oratoire, lá fomos nós andando até o Parc du Mont Royal. Mas cortamos pelo cemitério de Notre-Dame-des-Neiges. Pode ser bizarro pra muita gente, mas a verdade é que é possível encontrar verdadeiras obras de arte em cemitérios, principalmente os mais antigos. E aqui não foi diferente. Mas, enfim, só seguimos o caminho mesmo por dentro do lugar, atravessamos a rua e pronto: estávamos no parque. Gente, que lugar incrível! Eu me via fácil ali praticando corrida, sentado na grama ou nos bancos lendo um livro ou fazendo piquenique com os amigos. Eu e meu amigos andamos por algumas trilhas do parque e passamos pela Lagoa dos Castores, pela Cruz do Mont Royal e pelo Chalet, de onde se tiram as fotos clássicas do centro de Montreal. Realmente, eu achei o parque fenomenal.

O lago tá aí. Só faltaram os castores.

Sim, você já viu isso antes. No Google.


Gastamos um bom tempo lá no Mont Royal, porque realmente o lugar é muito bom, além de grande. De lá, descemos e resolvemos espichar até o monumento ao Georges Cartier. Passamos por prédios da Universidade McGill (inclusive a academia de ginástica deles, que pareceu bem grande) e fomos seguindo a avenida. No meio do caminho, eu e meu amigo demos risada ao vermos um cachorro que se esfregava de costas na grama toda vez que os donos jogavam a bolinha pra ele buscar. E aí fomos surpreendidos por um senhor, um velhinho, que nos abordou com um "bonjour!" e perguntou se sabíamos porque os cachorros rolavam na grana daquele jeito. Dissemos que não, e perguntei a ele se ele sabia. Ele disse que não, mas que achava interessante como eles sempre faziam isso. Eu falei que talvez eles gostem da sensação da grama no pelo deles, e o velhinho completou com um "sim, como se estivessem se coçando ou se raspando, né? Sim, talvez seja isso". Ele pareceu satisfeito com a explicação, falou mais um pouquinho e se despediu com mais um "bonjour!". Nem preciso dizer que a simpatia e educação dele compensaram por completo a véia do oratório, né?

Quando chegamos ao monumento, nem conseguimos curtir tanto. Além do sol já estar se pondo, tinha um pessoal que achamos um tanto esquisito. Um cara, especificamente, provavelmente na casa dos 20 anos, passou várias vezes e ficou me encarando. Quando, em determinado momento, resolvi encará-lo para mostrar que sabia que ele estava ao nosso redor, ele fez um sinal com a cabeça, como cumprimentando. Eu não retribuí. Meu amigo tinha notado outros dois caras também um tanto, digamos, suspeitos, e então resolvemos ir embora. Pode ter sido paranoia de brasileiro, mas realmente senti que tinha algo errado ali. No retorno, fiquei olhando para trás para ver se alguém estava seguindo, mas logo ficou claro que não. Eu e meu amigo concluímos que (1) ou o cara me achou lindo e queria, digamos, me conhecer melhor, ou (2) o lugar pode ser um ponto de venda de drogas.

De lá, fomos para a igreja Marie Reine du Monde. Muito bonita, mas num estilo mais "tradicional" de igreja. Depois de ter visitado o Oratoire St. Joseph, que é bem mais minimalista e "sóbrio" na decoração, a sensação aqui é a mesma que se tem em igrejas mais convencionais desse porte. Ah, e aqui era proibido fotografar o interior!


Marie Reine du Monde


No retorno para o hotel, resolvemos passar pelo centro para sentir a movimentação. Ali, ao contrário de TODOS os outros lugares pelos quais passamos durante o dia, havia uma movimentação bem maior. E aí, outro contraste cultural: uma das coisas que mais reclamo em São Paulo é o fato de as pessoas nem saberem andar nas ruas. Dentre outras coisas, elas saem em grupos de três, quatro, cinco, e vão lado a lado, conversando, e, se você, andando sozinho na direção contrária, quiser passar por elas, tem que contornar esse paredão de pessoas, já que elas parecem não notar que existem outros transeuntes ao redor. Lá em Montreal, em 95% das vezes, as pessoas fizeram o que eu faço e acho que é o mais lógico e de bom senso: ao ver que alguém está vindo na direção contrária, os paredões se desfazem, um vai pra trás do outro e deixam uma parte da calçada livre pra você passar.  Pode parecer pouco, mas são também pequenas coisas como essas que busco na minha jornada para o norte.

Antes de dar por encerrado o dia, resolvemos experimentar a famosa poutine. Sei que tem gente que vai querer meu escalpo por isso, mas estávamos cansados de bater perna o dia inteiro, e havia uma lanchonete do Frite Alors próxima de onde estávamos. Não deu outra: foi lá que fomos batizados em poutine. Como foi a primeira vez, eu não tinha com o que comparar, mas aquela combinação de batata frita, queijo e molho é pesada, mas cai bem depois de um dia inteiro andando.

A atendente falava um francês extremamente rápido e, ao que me pareceu, cheio de gírias e expressões idiomáticas. Perdi mais da metade do que ela falou, mas dava pra entender o sentido do todo com o que eu escutava. E aqui eu peguei as duas primeiras dicas do francês da terrinha: primeira, facture é, disparado, a palavra mais usada para "conta". Eu vinha sempre com addition na cabeça (e confirmei posteriormente com um nativo que a palavra é usada, mas bem menos que facture), então foi bom poder incorporar isso logo de cara. Segundo, quando alguém pede um prato e uma bebida e você quer dizer "o mesmo pra mim", é suficiente falar deux fois (literalmente, "duas vezes"). Foi a atendente quem usou a expressão, claro, mas captei o significado de imediato porque, em alemão, eles falam o mesmo (zwei Mal, na língua de Goethe).

Depois da experiência "poutinística", voltamos para o hotel. Acabados, mas satisfeitos com as primeiras impressões da cidade.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Viagem ao Québec - Dia 01: Chegada

Bem estilo "roteiro de agência de viagem" o título desses posts hehehe. Mas tá valendo!

Vamos lá: como a viagem foi meio que em cima da hora (pra não dizer que foi inteiramente em cima da hora), eu e meu amigo não tivemos muitas opções na hora de pegar o avião. E, como era crucial que ele passasse os 15 dias lá no Québec para tentar garantir o pontinho extra no dossiê, acabamos pegando uns voos com horários e conexões bem pinga-pinga. Fomos de São Paulo para Miami, de Miami para Nova York e de Nova York para Montreal. Corremos algum risco de perder o voo de Miami para Nova York, mas, graças aos céus, deu tudo certo! Ah, e fomos o tempo todo de American Airlines.

Os voos foram tranquilos, até onde a classe econômica permite ser. Chegando em Miami, tivemos que passar obrigatoriamente pela imigração americana. Eu juro que não sei se é porque eu não tava dando a mínima para os EUA, nenhuma vontade de parar lá nem pra fazer escala, mas achei o pessoal mais tosco e impessoal que de costume. Todos me pareceram ter aquele ar de "o que você quer aqui no MEU país maravilhoso?", da atendente do cafezinho ao próprio agente de imigração. Um monte de avisos pelo aeroporto inteiro sobre o tanto que você deve cuidar da sua bagagem, o tanto que eles têm o direito de vasculhar tudo que eles quiserem, e que você pode ser enquadrado em não sei quantos artigos da Lei Antiterror e sei lá quais leis mais. Sério, a impressão que se tem é que você está invadindo alguma coisa, mesmo que esteja só de passagem. O simples fato de você pousar ali parece já ser errado, de tanto que você é bombardeado por esses avisos, os olhares atravessados e a aspereza nas respostas das pessoas. Não que imigração, em qualquer país, seja uma maravilha. Acho que só fui tratado com sorrisos duas vezes: uma na Alemanha e outra na Inglaterra. De resto, todo mundo foi ou profissional (=fez o trabalho sem ser tosco, mas não foi exatamente simpático) ou rude. Enfim, como falei, a sensação é que você está, de fato, incomodando ou fazendo algo errado.

Mas deu tudo certo, as perguntas foram simples e eu respondi de forma objetiva para não dar pano pra manga. De lá para Nova York foi tranquilo, e lá tivemos que esperar até o voo para Montreal, que saiu só umas três horas depois da nossa chegada. E voei num avião em que nunca havia voado antes: ele tem hélices e apenas três assentos por fileira, um de um lado e dois do outro. Ah, e apenas uma comissária de bordo! Ou seja, não é um avião muito grande - e nem precisaria ser, né? O voo dura pouco menos que uma hora.

Finalmente, por volta das 5 da tarde, chegamos a Montreal. Lá, passamos pela imigração (a agente que me atendeu foi "profissional", naquela definição que dei ali em cima) e, novamente, tudo tranquilo. Levei alguns comprovantes por precaução, mas não precisei mostrar nada. E, rapidinho, lá estávamos eu e meu amigo, em terras canadenses!




A primeira providência era ir para o hotel, claro. Nós somos do tipo que não viaja com malas se puder evitar, então tínhamos, cada um, uma mochila e uma bolsa de mão. Foi ótimo, porque levamos um bom tempo até passarmos pelo guichê da imigração e, se ainda tivéssemos de ficar esperando malas, teríamos saído do aeroporto mais tarde ainda.

Enfim, a primeira coisa que notei é que o aeroporto não estava muito movimentado. Mas, tudo bem, o dia, o horário e um ou outro fator desconhecido por mim podem ter sido as razões. Passando pelo portão do desembarque, fomos procurar a máquina para comprar a passagem do ônibus. Há, basicamente, três formas de ir do aeroporto Trudeau para o centro: (1) você pode pegar um táxi, que custa, aproximadamente CAN$ 40; (2) você pode andar até um ponto específico e pegar dois ônibus (ou dois ônibus e um metrô... agora me fugiu), o 204 e depois o 211, que custam, cada um, CAN$ 4; (3) você pode pegar o ônibus 747, que faz o trajeto aeroporto-estação Berri-UQAM por CAN$ 9. Optamos pela última opção porque, primeiro, andar de táxi não é a nossa, muito menos nesse preço; segundo, para pegar o 204, você precisa ir até um ponto que é um tantinho longe do aeroporto; terceiro, o trajeto do 204/211 é mais demorado, por envolver baldeações e mais paradas; quarto, o 747 pararia perto do nosso hotel, e o passe de CAN$ 9 que você usa para embarcar nele pode ser usado livremente nos ônibus e metrôs por 24 horas a partir da validação. 




Optamos por não comprar o cartão OPUS num primeiro momento porque, como viajantes, sempre preferimos andar a pé o máximo possível. Daí, se as distâncias a cobrir fossem muito grandes e resolvêssemos que valeria a pena gastar com o cartão para ganhar tempo, faríamos depois.

Comprar o bilhete foi tranquilo. A máquina é bem simples, como um caixa eletrônico, e tem opções em inglês e francês. Como já havíamos combinado de usar francês sempre que possível, já começamos dali mesmo. E é bem fácil, pelo menos se você se informou um pouquinho antes sobre o transporte de Montreal.

Aliás, falando no francês, tenham em mente que tudo que eu contar em relação a diálogos, máquinas, transporte, letreiros, panfletos, etc foi feito em francês. Eu e meu amigo só quebramos a regra do "só francês" em duas ocasiões: para passar pela imigração e numa visita guiada que fizemos em Québec. De resto, mesmo que a comunicação estivesse difícil, resolvemos dizer que nosso inglês era pior que o francês caso alguém quisesse mudar de língua.

Enfim, de posse do bilhete, fomos seguindo as placas para o ônibus 747 (supertranquilo) e, já do lado de fora, uma mulher orientava as pessoas. Disparei minha primeira frase em francês para confirmar se a fila para embarque era ali e quando tempo o ônibus levava até o centro. Ela respondeu que, até o ponto final (Berri-UQAM), era em torno de 40 minutos.

E aí pronto: você sobe no ônibus, dá bonjour/bonsoir pro motorista, encosta o cartão no leitor e pronto. A viagem foi bem tranquila. O ônibus tinha wi-fi gratuito, e aproveitei para informar minha família de que já estava em Montreal. Não deu pra "curtir a paisagem" porque Apolo já tinha terminado seu passeio de carruagem naquele dia. Então me concentrei no mapa e resolvi que era melhor descer na segunda parada do ônibus, o que equivale dizer que nosso trajeto, do aeroporto ao ponto de descida, durou em torno de 20 minutos. Os ônibus têm botões para solicitar a parada, como no Brasil, e as portas para descer abriam automaticamente (digo isso porque, em alguns países, você mesmo é quem aperta o botão para a porta se abrir). Ah, e os ônibus não têm cobrador, não dão troco e nem aceitam notas, tá? Se você optar por pagar direto no ônibus (o que é uma opção), certifique-se de ter o valor certo em moedas.

Já na calçada, nos localizamos pelo mapa e andamos até o hotel, bem pertinho. Para esta primeira parte da viagem, ficamos no YWCA, que fica na René-Levesque. Gostei bastante da experiência. A moça da recepção nos atendeu de maneira extremamente gentil e foi bastante prestativa. Nos comunicamos o tempo todo em francês e não houve problema algum. Depois de algum tempo, notei que ela diminuiu o ritmo que usava para falar, como para se certificar de que a gente estava, de fato, entendendo. Mas ela foi a única exceção: de resto, ninguém maneirou nem pegou leve com a gente durante a viagem, o que foi bom.

Acabei não tirando fotos do quarto, mas ele é bem amplo, mobiliado com mais do que o suficiente (pelo menos pra mim, que fico no hotel só para tomar banho e dormir mesmo) e bastante limpo. Eles têm um albergue também, que estava cheio no período em que fomos. Há uma cozinha/refeitório que todos os hóspedes podem usar (e que encontramos vazio praticamente todas as vezes em que usamos), uma lavanderia com máquinas de lavar e secar, e máquinas de café e lanches tipo salgadinho chips. Ah, há também uma sala com computador para acessar a internet, mas o hotel oferece wi-fi gratuito que REALMENTE pega em todo o prédio.

Cozinha do YWCA, toda equipada (inclusive com pratos e talheres)


Refeitório do YWCA. Tem alguém aí?


Como, depois de quase 24 horas de viagem, já estávamos vendo tudo em cinco dimensões, resolvemos apenas deixar as coisas no quarto e sair para uma volta rápida. Perguntei à moça da recepção sobre um supermercado próximo, que ela nos indicou de bom grado, mas depois vimos que a rede Pharmaprix ficava ainda um pouco mais perto e tinha preços melhores. Na nossa rápida volta, vimos um pouco da René-Levesque e da Sainte-Catherine. Compramos algo para comer naquela noite e também para a manhã seguinte (não, o café da manhã no YWCA não está incluso no preço, mas pode ser pago à parte), voltamos para o hotel, tomamos banho e cada um foi para a sua cama para ter uma merecida noite de sono depois de tanto avião e aeroporto.

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