quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Viagem ao Québec - Dia 07: Musée du Fort e Musée de l'Amérique Française

Um dos meus vários problemas - haja reencarnação pra dar conta de tudo - é deixar coisas inacabadas. Em geral, e pelo menos isso eu já consegui identificar, eu me proponho a fazer coisas de longa duração, começo super empolgado e perco o entusiasmo no meio do caminho. Mas não quero deixar isso acontecer com o relato da viagem para Québec (que, inclusive, acabei esquecendo de incluir quando falei das coisas boas do ano passado). Então, vamo lá!

Depois de levantar cedo e tomar aquele café da manhã ixperto de albergue (café, torrada e cereal), fomos direto para o primeiro museu da nossa lista: o Musée du Fort. Olha, se teve um museu que eu posso dizer que gostei e que me empolgou foi esse. Talvez porque ele fuja dos padrões normais (há quem diga que ele nem pode ser classificado como museu, e eu entendo) ou porque o que ele mostra é conciso e focado (ao contrário dos museus maiores e mais tradicionais, que abordam, muitas vezes, vários assuntos e épocas). Mas o fato é que gostei muito!



O museu apresenta um pequeno show de luzes e sons que reconta algumas das batalhas mais famosas da cidade de Québec. Há uma maquete da região no minúsculo auditório, e a narração é acompanhada de luzes que mostram o deslocamento das tropas, sons de tiros, canhões, ordens de comando e por aí vai. Há sessões em inglês e francês, e pegamos esta última. Deu pra entender uns 85% do total, o que achei bom. E a menina gracinha da recepção atendeu tão bem, mas tão bem, que acabei encorajado a fazer uma pergunta sobre a história narrada. Fiquei com medo de ser uma pergunta que já estava na narração, mas - viva! - não era. Tanto que ela teve que consultar um livrão com todos os fatos históricos para me responder. Saí de lá com vontade de comprar livros e livros sobre o assunto (mas não na lojinha, que enfia a faca e ainda gira).

De lá, fomos para o Musée de l'Amérique Française. Esse é mais tradicional e com mostras permanentes e temporárias. Há uma sobre a imigração no Québec, mas focando mais no passado, nas pessoas que ajudaram a formar a sociedade quebequense de hoje.



Na parte temporária, havia uma bela exposição de obras de arte religiosas, que iam de pinturas e esculturas a objetos utilizados por pessoas ligadas à religião em várias épocas. A senhora que estava na recepção falava o francês quebequense mais claro que já ouvi na vida. Respondeu nossas perguntas com clareza e ainda nos orientou sobre como obter descontos em outros museus utilizando o ingresso do Musée de l'Amérique Française. Ah, ela também nos falou sobre um tour guiado pelo antigo mosteiro que fica ao lado do museu e que hoje é parte da faculdade de arquitetura da Université Laval. Optamos por conhecê-lo porque, bom, já estávamos ali mesmo, né? E, pra mim, história nunca é demais. Só que tivemos de interromper o passeio no Musée de l'Amérique Française para fazer o tour, já que ele tinha hora marcada (mas pudemos entrar no museu de novo depois sem problemas e sem custos).  O legal foi que a senhora da recepção perguntou de onde éramos, se espantou com a resposta e ainda perguntou: "mas no Brasil se fala francês também?". Com a nossa resposta negativa, ela perguntou então onde tínhamos aprendido a língua, e aí...




Mas devo confessar que meu amigo falou mais dessa vez, então o crédito deve ir pra ele (e o pavão é uma piada, tá, gente, eu não acho de jeito nenhum que eu fale bem francês e sempre acho que quem diz que eu falo está sendo simpático ou quer me vender alguma coisa. Tenho certeza que vou penar bastante quando chegar a minha hora de me virar nos 30 pra valer em Montreal).

Depois de tantas horas dentro de museus, resolvemos sair por um dos portões da cidade velha e conhecer um pouco da cidade nova. Andamos meio sem rumo, só para observar mesmo os contrastes (mas estávamos de olho em algum supermercado para comprar comida de gente local, já que comida pra turista é bem pesado no bolso). E foi uma experiência bem legal: nessa andança, tivemos a primeira sensação (que se perpetuaria) de que gostamos mais de Québec que de Montreal. É um tanto complicado de explicar, mas Québec pareceu mais aconchegante, mais com cara de cidade pra morar e ser feliz que Montreal. Desse dia em diante, tornei praticamente programa obrigatório ver o pôr do sol do terraço próximo ao Château Frontenac. Era sempre um fim de tarde agradável e uma sensação de tranquilidade muito boa, e dava até ânimo novo para continuar batendo perna depois que a noite chegava.



Só uma coisa me fez resmungar um pouco: a temperatura. Em Québec, estava bem mais quente que em Montreal. Chegamos a pegar 25ºC!! 25 positivos!! Um absurdo! Suei em bicas. Mas era só ir pra uma sombra que o friozinho logo vinha hehehe. É ótimo poder escolher, né não?

À bientôt!

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5 comentários:

  1. Massa cara,
    Adoramos museus. eille de Quebec é para onde iremos.
    Adorei o "enfia a faca e gira", kkkkkkkkkk

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    1. Acho que não tem como não gostar de lá, a cidade é muito bonita e a sensação de tranquilidade é muito boa. Sucesso pra vocês lá!

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  2. Vc já recebeu o pedido de exames médicos Rodrigo??? algumas pessoas de abril já receberam, queria saber se somente eu ainda não recebi...
    Abraços

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    1. Não, família, ainda nada no meu e-mail! Já filtrei, fiz busca e tudo mais, mas realmente não chegou nada. Mas não somos os únicos, tem mais gente de março e abril que ainda não recebeu. Vamos torcer!
      Abraço

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  3. Québec é mais quente no verao, menos humida, mas tb é mais fria e venta mais no inverno. Eu DETESTO vento, com todas as letras, entao é um ponto negativo. Québec é menos *bike friendly* e nao ha metrço, o que dificulta um pouco se a pessoa mora mais afastada , ter carro acaba virando uma obrigaçao.
    Québec é menos cosmopolita e ha menos opçoes de lazer, mas é mais aconchegante, mais bonitinha e mais limpa.

    As 2 cidades possuem pros e contras, so estando aqui e testando as 2 para decidir. :-)

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