quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Carta de referência pedida

Olha, eu realmente não sei se carta de recomendação e carta de referência são amplamente utilizadas aqui no Brasil. Eu, particularmente, quase nunca vejo ninguém comentando sobre isso quando está procurando emprego ou se candidatando a vagas na universidade. Mâââââsss... eu não sou exemplo de pessoa experimentada, testada e embrutecida na iniciativa privada e, na vida púbrica, pfff... no máximo, rola um QI, mas ninguém coloca no papel.

Enfim, como eu não faço ideia dos caminhos que precisarei desbravar uma vez que estiver pisando em terras nortenhas, resolvi pedir uma carta de referência para o meu chefe atual. Vai que, néam? A minha ideia era dar uma lida em alguns modelos, ver o que o pessoal foca mais na hora de escrever (porque ninguém vai querer ler - ou acreditar - em 10 páginas de elogios), mas estou para fazer isso desde a semana passada e sempre esqueço. Daí esqueço também de perguntar pro meu chefe e aí a vida segue.

Mas hoje... ah, hoje foi diferente!

Meu chefe me chamou na sala dele para me passar algumas coisas e, no meio do papo, ele falou a palavra "carta" e - tuím! - meu cérebro fez as conexões necessárias e eu guardei para o fim. Quando ele me liberou, soltei um "aproveitando...", respirei fundo e perguntei se ele podia fazer uma carta de referência, já que estou prestes a sair. Eu não esperava que ele dissesse "não", mas a rapidez com que ele disse "sim" me pegou um tanto de surpresa. Achei que ele ia perguntar primeiro se ele precisaria colocar o cargo dele, o que precisaria especificar, se talvez não seria bom falar com a chefia máxima do órgão e todas essas coisas que tornam o serviço público tenro e aconchegante. Mas não. No fim, ele pediu pra eu fazer a carta e ele assinar (!), o que eu recusei porque meu estoque de óleo de peroba não dá nem chega pra redigir uma carta dizendo que sou uma das maravilhas do mundo moderno e passar isso pra outra assinar. E daí fechamos na alternativa de eu trazer um modelo e ele fazer em cima dele.

E aí agora vou ter que ir atrás de um modelo - o que já era previsto - e de algumas informações extras. Por exemplo, acabou de me ocorrer o seguinte: supondo que ele assine a carta até dezembro, mas eu a use efetivamente só daqui a um ou dois anos, o fato de a data já ser um tanto "velha" é um fator problemático? Porque obviamente não sei se ainda terei contato com o meu chefe daqui a um ou dois anos para poder pedir uma carta, então eu queria levar algumas cartas de referência para poder ter em mãos e usar conforme fosse necessário (para me candidatar à universidade, por exemplo). Alguém aí sabe dizer se essa dúvida procede ou se não preciso me preocupar?

De qualquer forma, é mais um passo em direção ao futuro. Vou contatar outros ex-chefes com quem ainda tenho contato e tentar juntar uma quantidade razoável de expressões de apreço pela minha pessoa.

À bientôt!

9 comentários:

  1. A carta de referencia eh tao importante quanto ter referencia para ligacoes... no Canada eles realmente ligam e a maioria contrata com essas cartas... meu cunhado foi contratado no ultimo emprego (em Calgary) atraves de ligacoes. So quando ele foi para a entrevista que ele ficou sabendo que a empresa entrou em contato com as empresas que ele trabalhou nos ultimos anos... Aproveite que ainda esta no Brasil e tenha todas as cartas possiveis!! :)

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    1. Pois é, Paula, no Canadá é realmente diferente, e por isso mesmo dei esse pontapé nessa história de cartas de referência. Só ainda estou um tanto perdido em meio a tantos modelos, e como não tenho um objetivo específico para essas cartas no momento, tenho receio de que elas fiquem um tanto vagas ou genéricas... mas melhor que não ter nada, né?

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    2. Olha a carta abaixo foi o minimo recomendado pelo escritorio de imigracao do Quebec na epoca que aplicamos.

      E devera ser no papel oficial da companhia (com a marca d'agua e logo) :)

      To whom it may concern:

      I hereby certify that xxxxxx, social security number/Passport Number: xxxx has been employed by xxxxx BRAZIL- Rio de Janeiro for the period from xxxx to xxxx as a full-time employee and weekly working hours of __________.

      He/She was a very good employee. I do recommend her/him to work in any company.
      Please feel free to contact us for any further information through our office.

      Sincerely,


      Name/Signature/stamp of the company
      Contact number
      Address

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    3. Obrigado, Paula! Juntei uma pá de modelos, montei um esqueleto, pedi pra uns amigos colocarem adjetivos (porque a cara de pau aqui não é suficiente) e vou passar para o meu chefe dar uma olhada. Vamos ver que bicho que sai hehe

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  2. Hey Doug, td bem??
    Man, carta de referencia aqui conta muito, eu me candidatei para um trabalho voluntario aqui em Winnipeg. apos e entrevista, eles pediram 2 emails de ex empresas que trabalhei, pq ela ia mandar um email e pedir referencias. Minha sorte que trabalhei na Alitalia, entao todos os chefes falavam Ingles. Sem a carta de referencia, eu nao poderia participar do trabalho voluntario.

    Tenta juntar o maximo de cartas q vc puder, pois isso vai te ajudar aqui man.

    abracos

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    1. É o que eu espero, meu caro, porque eu não sei se manterei contato com algumas pessoas aqui a ponto de daqui a dois anos pedir uma carta nova. Se bem que Facebook também tá aí pra isso hehehe

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  3. Interessante ver isso das cartas de referência. Pelos comentários no Canadá eles levam em conta, coisas que aqui, pelo que eu sei não dão a mínima. Eu tenho de 2 empregos. Vou lembrar disso quando arrumar outro emprego...
    Boa sorte aí !

    abraços;
    Catherine
    http://meetyoutherecanada.blogspot.com/

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    1. Sim, Catherine, no Canadá isso é levado em conta, e por isso mesmo pretendo levar algumas daqui. Não sei se vão ser úteis, mas, pelo sim, pelo não, melhor tê-las do que depois ficar correndo atrás, né?

      Abraço!

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