sexta-feira, 2 de março de 2012

Mais monitoramento?

Ainda estão no campo do "pode vir a ser feito", e, na verdade,  não são exatamente uma novidade, mas o ministério canadense da imigração sinalizou que pode vir a adotar algumas medidas visando selecionar melhor o perfil dos imigrantes que forem se estabelecer no Canadá.

Dentre elas, estão uma preocupação maior com o nível de inglês/francês do cônjuge do requerente principal, a prioridade à trabalhadores e/ou estudantes que já tenham passado ou estejam passando um tempo no Canadá trabalhando e estudando com um visto de estudande ou de trabalho temporário, e também um monitoramento mais apurado dos imigrantes que fazem o processo por uma província, mas acabam indo pra outra.


 
Não é preciso dizer, pelo menos para aqueles que já leem e participam de listas de discussões e blogs, que essa história de fazer o processo por uma província e imigrar pra outra dá o que falar. Segundo tudo o que já li, uma vez estabelecido em território canadense, você pode ir morar onde quiser. Embora você assine, no caso do processo provincial por Québec, um documento no qual indica a cidade onde vai morar (obrigatoriamente, uma cidade do Québec) e também um outro dizendo que tem a intenção de se estabelecer no Québec, não há, até o momento, nada que te obrigue a ficar lá. A discussão toda é se isso é moralmente aceitável e ético ou não. Eu, particularmente, pretendo me estabelecer no Québec, sim, quero investir na minha nova vida lá e acho que me sentiria meio caloteiro fazendo de outra forma, mesmo tendo razões, digamos, mais nobres para isso. Porém, se eu ficar lá um tempo considerável, a coisa tiver ficando feia, o dinheiro acabando e aparecer um emprego em outra província... bem, eu não acho que isso é ser caloteiro ou mau caráter, é basicamente mais um caminho pra não ter que voltar pro Brasil.

Se essa ideia de monitoramento for pra frente, pode ser que comecem a restringir os movimentos dos imigrantes nos primeiros meses ou anos. Isso já bateria de frente com a constituição canadense, mas, querendo, eu acho que sempre dá pra modificar isso, nem que seja mudar o título do documento de "residente permanente" pra outra coisa. Tipo "estagiário de residência permamente", com contrato de experiência de três meses (ou três anos! Já pensou?), no qual você fica obrigado a cumprir esse tempo mínimo antes de poder sair da província... irreal, eu sei, mas o que eu quero dizer é que a tendência, ao que parece, é tentar selecionar melhor os imigrantes, de forma que eles não se aproveitem dos processos de imigração, façam o governo provincial gastar uma grana com eles e depois acabem indo pra outra província.

Enfim, cada um tem a sua opinião sobre isso, inclusive eu, e a verdade é que, enquanto o governo canadense não adotar de fato medidas restritivas mais duras, quem vai decidir, no fim das contas, onde você vai morar é você mesmo.

5 comentários:

  1. selecionar melhor os imigrantes é quase uma obrigaçao atual do governo, ja que os processos de reunificaçao familiar e de exilados nao seguem o mesmo principio. Ter mais imigrantes (e familiares) francofonos so sera benefico ao QC.
    pode ser controverso, mas quando vejo casos de pré-imigrantes que ja pensam no processo QC apenas para se estabelecerem mais rapidamente no ROC fico com os cabelos em pé, literalmente.
    Ha ainda muita discussao para que essa ideia se transforme em algo efetivo , muita agua vai rolar .... acompanhemos ;-)

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    1. Sim, sem dúvida, o que eu acho positivo nisso tudo é atrair aqueles que realmente podem e querem contribuir para os objetivos da imigração. Cada um tem seu motivo pra imigrar, suas vontades e sonhos pra realizar, mas temos que lembrar que estamos indo pra contribuir também.

      Abraço!

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  2. Oi Doug, me passa teu e-mail pra eu entrar em contato contigo! Estou querendo dar entrada no Processo por Quebec mas preciso de algumas informaçoes! Adorei seu blog e vou acompanha-lo a partir de agora!!!!
    Meu e-mail eh: denaguima@hotmail.com
    Denize
    www.canadaarcanjo.blogspot.com

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  3. Olá Doug!

    Claro que, para muitos (brasileiros inclusive), dar o calote e ir morar na parte inglesa é super normal... Eu penso como você. Pretendo me estabelecer no Québec, mas se a coisa ficar feia, o que afinal posso fazer? Não é mesmo?

    Restringir o movimento para fora de Québec é uma opção deles, mas temos que entender até onde isto irá. Mudanças no processo, restrição de movimentação para fora da província, entre tantas outras coisas, somente restringe a quantidade e a capacidade das pessoas de emigrar para o Canadá, sobretudo para Québec.

    Afinal de contas, não somos só nós que estamos interessados pelo Québec, mas eles também tem seus interesses por nós.

    Abraços.

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