quarta-feira, 19 de outubro de 2011

[OFF-TOPIC] Visto Americano - Parte I

Observação: dividi esse post para não ficar grande demais (e porque alguém aqui precisa trabalhar, né?).



Pois então. Eis que meu visto americano venceu em agosto último. Já sabendo que as coisas são beeeeeeeeem complicadas no consulado aqui em São Paulo (tirei as outras vezes na embaixada em Brasília, quando ainda morava lá, e era sempre tranquilo), uma semana depois já fui procurar as informações sobre como tirar o visto, já que sabia que haviam alterado algumas coisas.

Enfim, primeiro, paguei a taxa de R$ 38 pra poder ter acesso à página com as informações sobre o visto e a de agendamento da entrevista. Depois, respondi o questionário sobre qual o tipo do meu visto, qual o que eu iria tirar, se era renovação, se meu visto havia vencido há menos de um ano e por aí vai. Daí, pra minha surpresa, quando terminei tudo veio uma página pedindo pra eu escolher o dia e horário, e tinha vááááários dias e horários. Achei estranho, porque em todos os lugares leio que a espera pra entrevista é de três meses ou mais. Pra mim, já tinha pra semana seguinte. Mas, como ainda tinha que juntar a papelada, resolvi marcar para o fim de setembro, mais especificamente o dia 30.

Nesse meio tempo, fui juntando a documentação: declaração do meu trabalho, extratos bancários, comprovante de residência, o comprovante das minhas férias agendadas pro ano que vem, meus passaportes antigos e por aí vai. Em seguida, paguei a taxa no Citibank: 140 doletas, e pra minha "sorte", foi justamente na época em que o dólar começou a subir como se o mundo fosse acabar no dia seguinte. Deu 252 legais. Daí fui atrás da foto, e o mais legal é que eu estava com terçol nos DOIS olhos. Basicamente, seria o Quasímodo (o corcunda de Notre-Dame) na foto.


Nesse meio tempo, fui preenchendo aos poucos o formulário DS-160, que é extremamente detalhista e - por que não? - engraçado. Pede pra você informar tudo sobre você e mais um pouco, e, no final, vem cheio de perguntas do tipo: "você pretende entrar com armas atômicas nos EUA?" ou "você faz parte de algum grupo organizado de tráfico de drogas e pretende exercer essa atividade nos EUA?". Sério, eu não sei a utilidade real disso. Deve ter alguma coisa nas leis deles ou no direito internacional dizendo que, se alguém responder "não" pra isso e depois for pego fazendo o que disse que NÃO ia fazer, terá a cabeça cortada sem direito a julgamento. Só pode.

O formulário é longo, mas não tem muito mistério. Muita gente (inclusive eu) fica um pouco insegura em relação a quais informações exatamente deve dar ou o nível de detalhe. Mas, por exemplo, na parte de contato nos EUA, eu informei só o nome do hotel no qual me hospedei na última vez que viajei pra lá. Não tive problemas.

E eis que chega o grande dia. Com o grande número de relatos de pessoas que descreviam o consulado americano como o Hades na Terra, achei melhor me preparar o máximo possível. Então, avisei minha chefe que muito provavelmente chegaria atrasado naquele dia, preparei um kit de sobrevivência (água, barras de cereal e frutas), conferi toda a papelada quinze vezes, retirei tudo que eu tinha de eletrônico da mochila (celular, pen drive, pilhas, reator nuclear e capacitor de fluxo), olhei o ônibus e o trajeto que teria que fazer e realizei um ritual pagão para que tudo desse certo. Ah, sim, detalhe: na página de confirmação, veio um texto dizendo que eu estava agendado para um tal "atendimento expresso" às 12h30, e que não precisaria de entrevista, embora o oficial consular pudesse requisitar uma se julgasse necessário. Daí pensei "ué, será que então eu não preciso levantar com as galinhas e chegar lá com olho remelento de sono, como todo mundo faz?". Procurei informações e relatos na internet, mas nada que realmente me esclarecesse. Isso, aliado à informação (também constante no formulário) de que eles não tinham espaço pra acomodar todo mundo e pediam pra não chegar com mais de meia hora de antecedência, me fizeram escolher nem tanto o céu, nem tanto a terra: me programei pra sair de casa às 09h00.

O que significa que saí quase às 10h00. Não sei como uma pessoa consegue enrolar tanto de manhã. Mas enfim, fui embora pro ponto de ônibus e, não demorou 10 minutos, lá veio meu transporte. O trajeto durou por volta de quarenta minutos. Desci no ponto indicado por São Google (eu estava com o guia de ruas de São Paulo na mochila. Quatro anos morando aqui e até hoje não me acostumei com nomes de ruas) e fui andando. A caminhada até o consulado deu por volta de 15 minutos. Cheguei lá e estava aquela visão de apocalipse zumbi: o povo grudado na grade, tentando pegar informações, outros entrando, outros tentando entrar, uma fila enorme lá dentro. Por acaso, escutei alguém falando sobre "atendimento expresso" e perguntei sobre o dito cujo. Me disseram que os agendados para o atendimento expresso só poderiam entrar a partir das 11h00. Eram 10h50.

Fim da parte I. Continue a ler na Parte II e na Parte III.

2 comentários:

  1. quanta coisa pra ter o visto americano!!! parte 2 agora. está indo passar férias nos states ??

    abraços;
    Catherine
    http://meetyoutherecanada.blogspot.com

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  2. Oi, Catherine! A princípio, vou passar alguns dias lá, mas é que pretendo ir ao Canadá no ano que vem e, pra fazer a escala nos EUA, preciso do visto americano. Daí a saga.

    Abraço!
    Doug

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