sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Tchau, livros!

Depois de virar no cão desabafar por conta do trabalho no post passado (nada como escrever para aliviar), voltei ao equilíbrio. Estou focando no fato de que só faltam seis semanas, e eu vou focar também em ser ainda mais irônico e sarcástico do que já sou durante esse período lá na "repartição". Tyrion Lannister que me aguarde!

Bom, a minha mudança para a casa dos meus pais em Brasília já começou há um tempo, mas gente... sabe aquela sensação de que você empacota, empacota, empacota, e tudo continua lá? Não sei se é bruxaria, magia negra, looping espaço-temporal, mas eu levei já uma quantidade considerável de coisas e meu apartamento continuava do mesmo jeito. Cada mala fechada e pesada, antes de cada viagem, era uma gota de suor de desenho animado japonês na minha testa, porque eu via o tanto de coisas que ainda estavam ficando.




Mas os livros se foram!!!! Finalmente, consegui levar toooodos os livros que eu tinha no apartamento aqui em São Paulo! Bom, "todos" não é bem a palavra, pois ficaram quatro: dois que estou lendo (o segundo volume de "Musashi" e o quinto de "A Song of Ice and Fire" - obviamente, gostando de listas, eu também gosto de livros seriados) e dois de reserva, caso eu termine esses dois antes de zarpar definitivamente para Brasília. Mas é isso: todo o resto já foi! Coisinha de uns 70 livros não lidos que agora repousam em berço esplêndido na estante dos meus pais.

E aí, sim, vi o apartamento começar a murchar! Com o adeus dos livros, pude desmontar a estantezinha de prástico em que eles ficavam esperando papai aqui escolhê-los. Então, obviamente, só com as coisas grandes saindo do apartamento é que eu vou ter a sensação de que a coisa está realmente andando. Porém, contudo, todavia, entretanto.. as coisas grandes (geladeira, televisão, móvel da televisão e do computador, colchão, etc) só serão vendidas/doadas/repassadas na minha última semana em São Paulo. Ou seja.. a tal sensação do apartamento esvaziar só vai chegar com a minha ida definitiva pro aeroporto.




Ah, e consegui alguém com quem deixar meus gibis caso eu não consiga levá-los até dezembro! Como terei de voltar pelo menos mais uma vez a São Paulo ano que vem, justamente para entregar as chaves do apartamento, terei ainda a chance de levá-los para Brasília nesse rápido retorno. Triste é saber que a maior parte deles ficará dentro de uma caixa e não será (re)lida durante um bom tempo, mas ainda acalento a ideia de levar tudo pro Canadá, tão logo eu seja rhyco, loyro e phyno estabilize a minha vida por lá (incluindo um cafofo para chamar MESMO de meu).

É isso! Aos poucos, a mudança vai acontencendo e tudo vai ficando real. Noites atrás, tive o primeiro sonho de verdade com relação à imigração: eu havia acabado de chegar em Montreal, já havia passado pelo aeroporto (essa parte foi um prólogo que não rolou visualmente, eu só tive a sensação de ter passado por lá) e já estava no centro da cidade, não sei onde exatamente, mas num lugar que parecia uma balada (com malas, Odin!), encontrei uma antiga amiga da faculdade (!!) e, de repente, me dei conta que tinha esquecido de reservar lugar pra ficar (!!!). Sonhos assim são bem a minha cara: quando tô ansioso ou preocupado com algo que precisa ser feito, é mole, mole eu sonhar que esqueci de fazer e que, tipo, agora já era... Mas, ufa, só sonho mesmo!

À bientôt!

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